A cerimônia do Oscar será realizada neste domingo (2) em Los Angeles e, para o público brasileiro, há a expectativa de uma estatueta para o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres. A produção, que concorre aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Filme Internacional, exibe um carro dos mais raros mesmo na década de 1970, quando a história do filme é iniciada: um Opel Kadett, carro de Rubens Paiva.

O ex-deputado, morto pelo governo militar, de fato teve um Opel Kadett, semelhante ao que é exibido no filme, conforme escrito no livro que deu nome ao filme, escrito por Marcelo Rubens Paiva. O modelo é da terceira geração e só chegou ao País importado. Com a proibição das importações de carros a partir de 1976, o Opel Kadett se tornou raríssimo nos dias atuais. Em anúncio de outubro de 2024, um modelo como este era vendido a R$ 170 mil.
O Kadett chegou ao mercado brasileiro na década de 1980, quando houve uma parceria entre a Opel e a Chevrolet. O modelo se consagrou no País com a sexta geração, com a fabricação sendo feita em solo brasileiro. A parceria chegou ao fim em 2017, quando Opel foi vendida ao grupo PSA-Peugeot e, em 2021, passada para o conglomerado Stellantis.
O Opel Kadett acaba sendo a chave para a descoberta de que Rubens Paiva foi preso pelo DOI-CODI. Eunice Paiva, que é presa pelo regime militar, avista o carro no pátio da delegacia onde o marido foi torturado e morto. Até então, os militares não admitiam que o ex-deputado tivesse sido levado ao local.
A cerimônia do Oscar será realizada neste domingo, a partir das 19h30.