Um dos poucos modelos esportivos nacionais, o Pulse Abarth fez sua primeira participação em uma corrida oficial, no último final de semana, nas 1000 Milhas de São Paulo. A prova, que é uma das mais democráticas do País quando o assunto é endurance, contou com 70 carros no grid e o Pulse da equipe Manzini conquistou o terceiro lugar na categoria T2 (Turismo até 2.1 Turbo) após largar dos boxes.
A equipe RMCP (Roberto Manzini Centro Pilotagem) foi composta pelo próprio Roberto Manzini, em sua quarta participação nas 1000 Milhas, Ricardo Dilser, jornalista e apresentador do AutoEsporte que competiu pela oitava vez, Eduardo Bernasconi, jornalista e fundador da Fullpower, em sua sexta participação, além de Victor Manzini, estreante na prova e piloto da Turismo Nacional.
O projeto de trazer o Pulse Abarth para Interlagos contou com o apoio da Stellantis, responsável pelas marcas Fiat, Jeep, Abarth, RAM, entre outras do conglomerado. A empresa cedeu o veículo para essa espécie de “laboratório ao ar livre” e os curtos 18 dias de preparação foram muito bem aproveitados pelo time chefiado pelo engenheiro Marcelo Marques. Antes da prova, o carro participou de apenas cinco treinos oficiais em Interlagos.
Produzido em Betim (MG), o Pulse Abarth sai de fábrica equipado com motor 1.3 turboflex de 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. Para acelerar na competição, o time pôde ampliar os números para 205 cv e 31,6 kgfm. Isso foi possível graças ao kit de repotenciamento da BPower que aumenta a curva de torque do motor e mantém as temperaturas de ar de admissão em níveis mais baixos. No mais foram poucas adaptações, conforme o regulamento da competição, para levar o carro que vemos nas concessionárias à pista.
A tradicional 1000 Milhas teve sua largada na virada de sábado para domingo e as disputas duraram 12 horas. O Pulse Abarth da equipe Manzini conseguiu completar 280 voltas, subiu ao pódio da categoria T2 e fechou sua participação na 28ª colocação geral.
Desde que foi lançado no Brasil, em 2022, o Pulse Abarth tem se mostrado um carro bastante confiável para quem pensar em ter um carro esportivo na garagem com preço acessível. Até mesmo as críticas que recebeu de alguns por utilizar freio a tambor na traseira acabaram caindo por terra depois que a equipe Manzini conseguiu completar a prova sem problemas.
“Nós não tivemos nenhum problema mecânico. Tudo que previmos aconteceu. Fizemos apenas uma troca de pneus dianteiros e de jogo de pastilhas, como estava previsto, às oito horas da manhã. Sabíamos que no fim da corrida, depois das dez da manhã, teríamos que poupar mais o equipamento por causa do calor. Então diminuí as rotações nas trocas de marcha de até 5.600 giros para 5.000 giros, para poupar um pouco a temperatura. E o carro se comportou absolutamente perfeito” explicou Dilser.
Com a volta da Abarth ao Brasil nas ruas com os modelos Pulse e Fastback, além de fornecer os motores para a F4 Brasil, fica cada vez maior o gostinho de que a marca poderá em um futuro próximo trazer uma categoria com carros de turismo para automobilismo nacional. Vamos aguardar, mas com certeza pilotos e apoiadores neste projeto não iriam faltar.