Depois de meses de espera, finalmente a temporada de 2020 da Fórmula 1 irá começar. A categoria, que completa oficialmente 70 anos de idade no dia no dia 13 de maio deste ano, terá um campeonato de transição antes da grande mudança técnica prometida para 2021. Ainda assim, teremos várias atrações dentro da pista para prestar atenção em 2020.
Por isso, aqui estão dez perguntas importantes que podem servir como guia para a temporada e deverão ser respondidas ao final de todas as etapas, no dia 29 de novembro no autódromo de Yas Marina, em Abu Dhabi:
Quantos recordes de Michael Schumacher Lewis Hamilton irá bater?
Parece ser questão de tempo para que os recordes do alemão Michael Schumacher, que pensávamos que fossem insuperáveis, sejam do britânico Lewis Hamilton. O atual campeão entra nesta temporada com a possibilidade de igualar Schumi em títulos (7 x 6) e – mais importante – de passa-lo em número de pódios (155 x 151) e vitórias (91 x 84). Ou seja, 2020 pode ser o ano que irá coroar Hamilton como o novo rei das principais estatísticas da F1, já que o recorde de poles histórico é do britânico desde 2017. Vamos conferir! De quebra, a Mercedes ainda pode conquistar seu sétimo mundial de construtores seguido, o que também faria o time superar os anos dourados da Ferrari (6 títulos, 1999-2004).
Qual será o impacto do DAS no desempenho da Mercedes?
Provavelmente, pelas características do circuito de Albert Park, não começaremos a ver a resposta desta pergunta na abertura do mundial. Entretanto, em pistas de grandes retas e/ou curvas longas, provavelmente entenderemos se o novo sistema de direção de eixo duplo dará alguma vantagem significativa às flechas de prata. A expectativa é que o dispositivo – que altera a convergência das rodas dianteiras – ajude a refrigerar melhor os pneus nas retas (quando as rodas estiverem completamente paralelas), trazendo como consequência um menor desgaste dos compostos e mais velocidade final nas retas.
Será o último ano de Kimi Raikkonen?
Na F1 desde 2001 (apesar de um hiato de dois anos, em 2010 e 2011), Kimi Raikkonen entra em seu último ano com a Alfa Romeo. O finlandês irá bater o recorde de largadas de Rubens Barrichello na F1 (322) na 11ª prova do ano. Mas será que o desempenho da Alfa o convence a correr por mais uma temporada? Ou será que o “Ice Man” finalmente dirá adeus ao mundial? 2019 foi um ano de altos e baixos para o time, com Kimi enfrentando uma segunda metade de mundial bem inconstante, ainda que batendo o parceiro Antonio Giovinazzi. Outra temporada claudicante poderá fazer o experiente finlandês rever sua posição na F1.
Max Verstappen e Red Bull poderão finalmente disputar o título mundial?
Desde que venceu o GP da Espanha em 2016 – em sua primeira corrida pela Red Bull – o potencial de Max Verstappen é reconhecido por todos. Entretanto, o talentoso piloto holandês ainda não conseguiu disputar um título seriamente devido a limitações de seus equipamentos. Porém, as três vitórias conquistadas em 2019 e um novo avanço da unidade híbrida da Honda têm deixado muitos esperançosos de que ele poderá fazer a vida de Lewis Hamilton e da equipe Mercedes um pouco mais complicada neste ano. Que a Red Bull evoluiu, é fato. Mas o quanto? E os problemas de estabilidade traseira apresentados na pré-temporada, podem atrapalhar a equipe? Vamos esperar para ver…
Sebastian Vettel encontrará a redenção e seguirá na F1 em 2021?
Sob muitos aspectos, o erro na liderança do GP da Alemanha de 2018 marca um antes e um depois na carreira do tetracampeão mundial. Desde então, é possível dizer que Seb perdeu um pouco do “instinto assassino” que mostrou na parte vitoriosa de sua carreira. A chegada de Charles Leclerc à Ferrari em 2019 não fez favor algum a sua autoconfiança, com o alemão mais uma vez enfrentando uma temporada pouco consistente e decepcionante. Mesmo que não seja campeão, seria 2020 o ano de sua redenção? Se não for, muitos apontam que – sem o espaço que seu status de tetracampeão merece, após a renovação de Leclerc por mais quatro anos – ele pode deixar a F1. A ver.
O carro da Ferrari é tão mal nascido quanto parece?
Após a pré-temporada, muita gente diz que a Ferrari é a terceira força do top 3 da F1. Alguns mais pessimistas afirmam até que a Racing Point pode aparecer à frente da Scuderia na Austrália. Chefe da equipe, Mattia Binotto crê que seu motor não é mais tão veloz quanto em 2019, e espera que o carro seja mais rápido em ritmo de corrida do que em classificação – ponto forte da Ferrari em 2019. Ao lado disso, um acordo secreto entre FIA e Ferrari quanto à legalidade dos motores fez tremer os bastidores da categoria após os testes, com sete times infelizes com a confidencialidade. Após vários erros no ano passado e muita pressão, a temporada deste ano pode ver uma crise ainda maior no time de Maranello se os rumores de um carro ruim se confirmarem.
Conseguirá a McLaren manter a boa fase após o grande ano de 2019?
Depois de um 2019 bastante animador, no qual transformou de vez em passado o pesadelo que viveu durante a parceria com a Honda, a McLaren tem todas as razões para se animar com o ano de 2020. O time britânico teve uma pré-temporada bastante discreta (ou seja, sem famigerados problemas técnicos) e o novo MCL35 indica que pode ser uma das principais forças do meio do grid. Com Carlos Sainz Jr e Lando Norris no segundo ano juntos, a equipe tem todos os motivos para manter o nível mostrado na última temporada mesmo com o provável crescimento da Racing Point.
Para onde vai Daniel Ricciardo em 2021?
O australiano assinou dois anos de contrato com a Renault, e se no primeiro teve as expectativas frustradas pelo fraco desempenho do monoposto francês, agora no segundo enfrenta junto ao time um período de avaliação. Será que a equipe liderada por Cyril Abiteboul poderá dar a Daniel um carro a sua altura? Caso sim, bom. Caso não, deveremos ver um sorriso menos intenso do piloto do carro 3 neste ano, buscando oportunidades em outros times para 2021.
Poderá a Racing Point ser a grande revelação da temporada?
Muitos a chamam de Mercedes rosa. E de fato, comparando o modelo RP20 da Racing Point com o Mercedes W10, de 2019, vemos muitas semelhanças – para não dizer só semelhanças. Mas o quanto ser uma “equipe satélite” da Mercedes poderá ajudar o time em 2020? A julgar pelos milagres que fazia na época que se chamava Force India, com problemas políticos e pouco dinheiro, dá para ficar animado. E o futuro guarda mais esperanças ainda para a escuderia chefiada pelo bilionário Lawrence Stroll, já que no ano que vem contará com o forte investimento da icônica Aston Martin, que irá rebatizar a equipe.
As curvas inclinadas da pequena e velha pista de Zandvoort darão em um bom GP?
Pelo que vemos em vídeo e fotos, o primeiro GP da Holanda desde 1985 será um momento único na história da Fórmula 1. Com o problema de falta de áreas de escape, a pista de Zandvoort recebeu uma obra para fazer duas de suas curvas ganharem 18° de inclinação – número superior a pistas ovais como Fontana, Pocono e Iowa (14°) e igual à pista de Michigan e à curva da linha chegada de Daytona. Outro intuito da obra foi minimizar a influência do ar sujo em disputas de posição, transformando a curva Tarzan (primeira curva) no principal ponto de ultrapassagem do sinuoso e pequeno traçado. Será isso o suficiente para evitar uma procissão interminável como muitos achavam que aconteceria quando o retorno de Zandvoort foi anunciado? E no que estas curvas impactarão nos acertos dos carros? É o que queremos saber.
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