Em fevereiro, no evento de lançamento oficial da temporada 2005 realizado em Mônaco, o Presidente da Renault F1 Team, Patrick Faure, surpreendeu a imprensa do mundo inteiro reunida no local ao avisar que a equipe não se satisfaria mais apenas em obter colocações no pódio. “Este ano, temos que vencer GPs com regularidade”, disse Faure. “Desde 2002, quando voltamos à F1, estabelecemos metas para cada ano – e cumprimos todas elas. Agora, novamente sabemos que estamos em condições de cumprir mais este objetivo”.
Sete meses depois, a promessa foi mais do que cumprida. A Renault F1 Team não apenas venceu corridas com regularidade, como também liderou e brigou pelo título tanto do Campeonato de Pilotos quanto do Campeonato de Construtores. Mais do que isso, o time francês tornou-se o novo padrão de excelência na categoria mais importante do mundo.
Em seu apoio contínuo por Fernando Alonso e Giancarlo Fisichella, torcedores e funcionários da Renault em todo o mundo viveram momentos de muita emoção em 2005. A direção da equipe, no entanto, sabe que na Fórmula 1 é preciso estar preparado para vencer no presente, enquanto, simultaneamente, se investe continuamente no futuro. “A Fórmula 1 é um elemento-chave na estratégia do Grupo Renault”, diz Patrick Faure. “Nosso objetivo é aumentar a percepção de nossa marca no mundo inteiro e reforçar nossa imagem, de forma a alcançar o objetivo de vender quatro milhões de veículos em 2010”.
Renault e Fórmula 1: uma paixão mútua pela tecnologia
À medida em que a principal categoria do mundo vai ampliando suas fronteiras, a Renault vê crescer também seu empenho e o compromisso de chegar ao título mundial. Apoiada no que há de melhor na indústria automobilística, a fábrica transformou a F-1 em uma fonte de idéias e tecnologia para sua linha de produção.
A Fórmula 1 continua em sua expansão global, ampliando seu calendário ao longo dos anos e abrangendo novas regiões no planeta. Este aspecto reforça o compromisso e a paixão da Renault por este esporte baseado não apenas na competitividade, mas também no desenvolvimento tecnológico. A principal categoria do mundo é prioridade nos planos da fábrica francesa: a tecnologia desenvolvida pela equipe Renault F1 Team já inspira os veículos de sua linha de fabricação, beneficiando os modelos da marca.
Para alcançar o objetivo de vencer o Campeonato Mundial de Fórmula 1 com um monoposto “100% Renault”, a fábrica se cercou de estruturas e recursos humanos que estão na vanguarda da evolução tecnológica. Pesquisa, design, montagem e desenvolvimento estão divididos em três bases: na França, a fábrica dos motores V10 de Viry-Chatillon e o Technocentre (Centro Técnico) de Guyancourt, com seus poderosos computadores e valiosa especialidade em tecnologia de ponta para automóveis; na Inglaterra, o Centro Técnico de Enstone, é responsável pelo projeto e construção dos chassis da Renault F1 Team.
O início da aventura da Renault na F1 não foi fácil. Mas através de esforço e determinação, a equipe acabaria por sacudir o “status quo” do principal campeonato do mundo ao vencer pela primeira vez, em 1º de julho de 1979. Este capítulo de abertura na sua história na F1 acabaria por forjar a cultura de toda a empresa.
Com certeza, muita coisa mudou desde então. Ainda assim certos valores desenvolvidos naquela época permanecem intocados e o espírito que orienta a equipe Renault F1 Team atualmente fincou raízes no esforço realizado há 25 anos. Afinal, foi com o mesmo pioneirismo e audácia que a Renault conquistou a primeira vitória de sua segunda incursão na F1 como construtora de carro e motor, em 24 de agosto de 2003, no GP da Hungria. Outras já vieram. E muitas ainda virão.
História da Renault na Fórmula 1:
1977: Estréia no Campeonato Mundial.
1979: Primeira pole, no Grande Prêmio da África do Sul, e primeira vitória da equipe, no GP da França.
1982: Primeira dobradinha, na França.
1988: A Renault anuncia sua volta à F-1 como fornecedora de motores para a Williams, usando a revolucionária unidade V10 normalmente aspirada.
1992: Nigel Mansell vence o Campeonato Mundial de Pilotos e a Williams conquista o primeiro de cinco títulos de Construtores de sua parceria com a Renault.
1993: Alain Prost vence seu quarto e último título de pilotos. A Williams-Renault vence seu segundo Campeonato de Construtores.
1994: A Williams-Renault conquista seu terceiro Campeonato Mundial de Construtores – todos consecutivos.
1995: Os quatro pilotos da Renault conquistam os quatro primeiros lugares no Campeonato. A equipe Benetton-Renault vence o título de construtores, a quarta vitória consecutiva da Renault.
1996: Damon Hill torna-se campeão mundial, enquanto seu parceiro Jacques Villeneuve é vice-campeão. A Williams-Renault vence o Campeonato de Construtores novamente, o quinto consecutivo da Renault.
1997: Campeã de construtores pela sexta vez, a Renault anuncia sua retirada da Fórmula 1 no final da temporada.
2001: A Renault retorna ao Campeonato, novamente como fornecedora de motores para a equipe Benetton.
2002: A Renault ingressa no Campeonato Mundial de Fórmula 1 como equipe oficial, fabricando chassi e motor. Os pilotos são Jenson Button e Jarno Trulli.
2003: Em sua segunda temporada como equipe oficial, a Renault conquista duas pole positions, quatro pódios e uma vitória (GP da Hungria, 24 de agosto). Com 22 anos e 26 dias de idade, Fernando Alonso torna-se o mais jovem piloto a vencer uma prova da F-1.
2004: Neste ano, a Renault completou a transição que a colocou definitivamente entre as grandes da F-1. Conquistou três poles, seis pódios e sua segunda vitória, justamente a mais cobiçada de todas: Mônaco, com Jarno Trulli.
2005: Nas 16 primeiras corridas, a equipe francesa obteve sete vitórias, sete segundos lugares, cinco poles e três melhores voltas. Também liderou tanto o Campeonato de Pilotos quanto o Campeonato de Construtores desde a primeira corrida.