O comunicado emitido pela FIA na última semana, indicando que modificaria a verificação da largura dos pneus, continua gerando polêmica na Fórmula 1, com algumas equipes questionando a alteração desta norma em pleno campeonato. A entidade revelou que iria fazer esta mediçãono final das corridas e não antes das provas como vinha sendo até então.
Apesar da ameaça de boicote das equipes que usam os pneus Michelin, o diretor da BMW Mario Theissen, não crê que haja motivo para preocupações.
“Há algumas conversas sobre os pneus, mas estamos acompanhando a situação de um modo tranqüilo e vamos esperar para ver o que acontecerá em Monza. Depois de cada corrida, há uma inspeção técnica e nos treze Grandes Prêmios anteriores a FIA nunca culpou ninguém”, disse o engenheiro.
Enquanto isso, o diretor técnico da Renault, Mike Gascoyne pergunta porque a FIA acredita que os pneus franceses estejam no limite e qual a razão para isto.
“Dizem que a área de contato do pneu na pista não pode ser maior do que os 270mm permitidos. Mas enquanto está na pista, o pneu sofre mudanças constantes. Numa zebra, a área de contato pode ser a borda do pneu. Então como decidir? Não sei”, comentou.
Outra questão apresentada é a alteração na regra a apenas três provas do encerramento do campeonato. “A temporada está sendo muito emocionante, com vários vencedores e porque mudar as coisas? Alguns cínicos podem interpretar isso como uma ajuda a Schumacher”, ironizou um chefe de equipe não identificado, para o jornal inglês “The Sun”.