Toyota divulga entrevista com Humphrey Corbett

“Monza é a pista mais rápida da temporada, e com quase 6 quilômetros de extensão é uma das mais longas.

A pista é basicamente uma série de retas longas e rápidas, ligadas por chicanes cheias de zebras, o que constitui um desafio sem igual para um engenheiro de corrida. Temos que encontrar a melhor combinação entre níveis baixos de pressão aerodinâmica, boa aderência mecânica e tração, para ter certeza da competitividade do carro em cada setor da volta, ao invés de simplesmente sermos rápidos nas retas e nas chicanes.

Os TF103s terão que ter baixa pressão aerodinâmica. Não podemos tirar toda a asa de modo que o carro fique muito rápido ao longo das retas, pois ele ficará instável sobre as zebras e lento ao longo da curva Parabólica e das duas Curva di Lesmos.

Na última semana em Monza, tentamos uma mistura de pressão aerodinâmica, tanto baixa como alta, o que resultou em tempos de volta bastante similares. Porém, é mais importante correr com pouca pressão aerodinâmica, para evitar que outros carros ultrapassem os nossos ao longo das retas.

O carro precisa andar bem sobre as zebras, que exigirão bastante dos freios. Mas as retas longas ajudam no resfriamento dos freios, portanto isso não deverá ser um problema para nós neste fim de semana. Boa tração na saída das chicanes é crítica para retomar a velocidade e ganhar um tempo valioso na classificação e, claro, ajudar nas ultrapassagens na corrida.

Precisamos ser cuidadosos com a temperatura e a pressão dos pneus neste fim de semana, devido à natureza de alta velocidade do circuito. Teremos pressões mais alta do que o normal, e uma convexidade dos pneus menor que o normal, portanto ficaremos de olho nessa área neste fim de semana.

Mais ou menos 75% da volta é feita com aceleração plena, por isso será difícil para o motor, mas a performance do RVX-03 tem sido boa neste ano. Só posso esperar que a corrente continue em Monza.”