Um triunfante Michael Schumacher agradeceu a todos, desde os chefes da equipe Ferrari até a faxineira de Maranello, neste domingo, enquanto a Itália aclamava um herói que volta a mostrar seu melhor.
“Acho que este é um dos grandes dias na minha carreira”, afirmou Schumacher, com o sonho de um sexto título intacto.
As três semanas de sofrimento depois da humilhação no Grande Prêmio da Hungria foram substituídas pelo alívio da bandeira quadriculada em Monza.
A vitória na Itália elevou para três pontos a vantagem sobre o colombiano Juan Pablo Montoya, com apenas duas corridas restantes.
Schumacher não vencia desde o Canadá, em junho, e não liderava há 327 voltas. Na Hungria terminou em oitavo, uma volta atrás de Fernando Alonso com a Renault.
O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, havia avisado que isso não deveria acontecer novamente e a vitória quebrou a tensão do ambiente em Monza.
“Sentíamos a tensão tão forte quanto nossa vontade de vencer”, declarou o chefe de equipe Jean Todt. “Era quase como se a equipe estivesse tentando vencer pela primeira vez.”
“Foi uma sensação indescritível subir no muro do boxe durante a premiação, com todos o torcedores me apertando a mão.”
50a. VITÓRIA
Essa foi a 15a. vitória da Ferrari no Grande Prêmio da Itália, a segunda consecutiva, e a 50a. de Schumacher pela equipe que defende desde 1996.
“Estou tão agradecido a todos na equipe, porque fizeram um trabalho tremendo, todos desde a equipe de testes, dos engenheiros na fábrica até a faxineira que faz a limpeza”, declarou Schumacher.
“Todos são tão fantásticos, amo muito a todos”, acrescentou.
No ano passado, com Schumacher e a Ferrari dominando o campeonato, Rubens Barrichello cruzou a linha em primeiro lugar, seguido do alemão. Com Barrichello em terceiro, eles puderam comemorar juntos novamente pela primeira vez desde a Áustria, em maio.
“Acreditávamos em nós mesmos o tempo todo. Sabíamos que tempos difíceis acontecem, mas sabíamos que podíamos lutar para nos recuperar”, declarou Schumacher.
Mas a última palavra coube ao diretor técnico Ross Brawn: “Que dia. Depois da dor vem o prazer.”
Reuters
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