A McLaren quer que o finlandês Kimi Raikkonen adote a tática “ataque total”, de seu compatriota Mika Hakkinen, para vencer o Grande Prêmio dos Estados Unidos, daqui a duas semanas.
O piloto de 23 anos terá que fazer isso se quiser continuar com esperança de se tornar o mais jovem a vencer um campeonato de Fórmula 1. Depois dos EUA, resta somente o GP do Japão para o término da temporada.
A última vitória de Hakkinen foi em Indianápolis, há dois anos, antes de se aposentar e dar lugar a Raikkonen, e o chefe de equipe da McLaren, Ron Dennis, acredita que seu piloto também pode vencer lá em 28 de setembro.
“É uma batalha muito disputada”, disse Dennis após Michael Schumacher, da Ferrari, vencer o Grande Prêmio da Itália, no domingo, e Raikkonen terminar em quarto.
Schumacher, que busca o hexacampeonato, tem 82 pontos, restando duas corridas. O piloto da Williams Juan Pablo Montoya soma 79 e Raikkonen tem 75.
“Claro que a matemática mostra que estamos sete pontos atrás”, disse Dennis. “Se a maneira como atacarmos na próxima prova for focada na vitória de Kimi, nosso pior cenário seria com cinco pontos de déficit”.
“Acredito que devemos nos concentrar no objetivo de Kimi ganhar a corrida e ver a matemática depois. E é isso que vamos fazer.”
“(Monza) era a mais fraca das corridas para nós entre as três últimas. A Bridgestone fez um bom trabalho, mas os nossos pneus (Michelin) estavam ótimos”, continuou o chefe da McLaren.
“Nós não estávamos muito atrás dos líderes (em Monza), então não é preciso muitas mudanças para nos tornar competitivos.”
O companheiro de Raikkonen, David Coulthard, abandonou a corrida de domingo e está agora matematicamente fora da disputa.
As ordens de equipe estão proibidas nesta temporada, após a polêmica ultrapassagem de Schumacher sobre Rubens Barrichello no GP da Áustria do ano passado, mas os times abusarão das táticas em Indianápolis e também em Suzuka.
“Somos uma equipe e os pilotos dirigirão como uma equipe”, declarou Dennis. “Se houver circunstâncias em que um pode ajudar o outro, tenho certeza que o farão”.
Reuters