Ayrton Senna: uma mistura de sentimentos

Por Giovanni Romão

Quando falamos em Ayton Senna logo nos vem à cabeça uma sensação de conforto, alegria, orgulho e, claro, saudade. Essa mistura de sentimentos é reflexo da tamanha importância que o tricampeão mundial, mas acima de tudo, um brasileiro apaixonado por seu país, marcou na história do esporte nacional.

No dia 21 de março de 1960 nascia, na cidade de São Paulo, Ayrton Senna da Silva, filho de José Milton e Dona Neide. Ainda na infância, aos seis anos de idade, o pequeno menino já pilotava seu kart de número 15, preparado pelo famoso Tchê. “Quero fazer xixi”, resmunga Senna, rapidamente incentivado pelo pai para voltar ao treino.

Foi aos 13 anos que iniciou nas competições oficiais e em 1977 conquistou o Campeonato sul-americano de Kart. A caminhada rumo à Fórmula 1 ganharia corpo em 1981, quando Senna foi para Europa, conquistando a Fórmula Ford 1600 inglesa e no ano seguinte faturando dois campeonatos: Europeu e Inglês de Fórmula Ford 2000.

Porém, 1983 seria o ano de Ayrton Senna. Compeão da F-3 Inglesa e vencedor do tradicional GP de Macau, o brasileiro foi chamado para um teste na equipe Williams, onde surpreendeu, mas foi pela pequena Toleman-Hart que estreou na Fórmula 1 em 1984.

O desempenho apresentado no GP de Mônaco, debaixo de um forte temporal, não diexava mais dúvidas quanto o destino de Senna na categoria máxima do automobilismo mundial: um futuro campeão.

No ano seguinte, pela equipe Lotus, Ayrton Senna fez uma temporada marcada por muitos erros, mas chegou ao primeiro triunfo na categoria, vencendo o GP de Estoril, em Portugal.

A capacidade do jovem talento, marcada até mesmo na “catastrófica” atuação no GP de Adelaide, quando chegou a correr sem bico, não podia mais ser ignorada; Definitivamente: Senna precisava correr em uma equipe de ponta.

O brasileiro, no entanto, passaria mais dois anos correndo pela inconsistente Lótus, até ser convidado para pilotar pela McLaren em 1988, tendo como companheiro de equipe o “esquisito” Alain Prost. Erros, como a escapada no GP de Mônaco, depois de liderar a prova com quase um minuto de vantagem para o segundo colocado, serviram para Senna crescer como piloto e chegar ao primeiro título mundial no final da temporada.

O ano seguinte, 1990, seria marcado pelo polêmico título de Prost, depois que Senna foi desclassificado do GP do Japão. Abalado com a situação, Ayrton disparou duras críticas contra os organizadores da categoria e ameaçou abandonar a Fórmula 1. Porém, nada seria capaz de afastar o campeão do momento que mais gostava: acelerar um F1.

Mais dois títulos seriam conquistados nos dois anos seguintes, e todos pela McLaren. Ayrton Senna queria mais, e em 1994 foi para a Williams, que apresentava o melhor carro do grid. Correndo por Grove, Senna encerrou sua carreira…

Hoje, dia 21 de março de 2007, Ayrton Senna da Silva estaria completando 47 anos e a mistura de sentimentos volta à tona no coração dos brasileiros, que já tiveram vários ídolos, mas apenas um herói: Ayrton Senna do Brasil!