25 anos sem Senna: Barrichello e Massa, os brasileiros que mais brilharam na era “pós-Senna”

Lá se vão 25 anos sem as corridas de domingo com o bravo Ayrton Senna da Silva, ou pra dar mais emoção, Ayrton Senna do Brasil. É comum relatos de famílias que acordavam aos domingos, bem cedo, para vibrar com as manobras arrojadas do brasileiro. O tricampeão mundial deixou um grande legado de fãs, além de um Instituto em seu nome – o Instituto Ayrton Senna, que atua há mais de 20 anos ampliando as oportunidades dos jovens através da educação – e inspirou (e ainda inspira) uma grande geração de pilotos, e também pessoas, ao redor do mundo com sua determinação pelas vitórias e, principalmente, amor à sua pátria.

Nesses “25 anos sem Ayrton Senna” tivemos grandes nomes representando o automobilismo brasileiro, com o desejo de manter o legado vencedor de Ayrton.

Na Fórmula 1, os destaques são, sem dúvidas, Rubens Barrichello e Felipe Massa.

Barrichello ingressou na categoria um ano antes de seu declarado ídolo, Senna, sofrer o acidente fatal durante o GP de San Marino de 1994, após perder o controle do carro e bater violentamente na Curva Tamburello. Dois dias antes, no dia 29 de abril de 1994, Barrichello sofreu um acidente violento na ‘Variante Bassa’ depois de passar por cima de uma zebra, decolar com sua Jordan e atingir fortemente as barreiras de pneus.

Falando na série “Ayrton Senna do Brasil”, exibida pelo ‘Esporte Espetacular’ na TV Globo, Barrichello relembrou que “como o próprio Sid Watkins (médico-chefe da F1) disse depois, morri por seis minutos”.

‘Barrica’, como é carinhosamente chamado no meio, venceu 11 corridas na F1. Sua primeira vitória foi no GP da Alemanha de 2000, em seu ano de estreia na Ferrari. Mas foi o ano de 2002 o grande ano de Barrichello na Fórmula 1, vencendo quatro GPs (Europa, Hungria, Itália e EUA), e terminando o ano como vice-campeão, apesar de 67 pontos atrás do seu companheiro de equipe, Michael Schumacher.

Em 2003 foram mais duas vitórias: Inglaterra e Japão; finalizando a temporada na quarta posição na Classificação de Pilotos. No seu penúltimo ano na Scuderia, em 2004, mais um vice-campeonato ao lado do multicampeão Schumacher, dessa vez vencendo na Itália e China.

As últimos três vitórias de Barrichello viriam alguns anos depois, já na Brawn GP. Em 2009, venceu o GP da Europa e novamente o GP da Itália. O brasileiro terminou na terceira posição no Mundial de Pilotos, enquanto seu companheiro de equipe, Jenson Button, sagrou-se campeão.

Barrichello conquistou 14 poles, 68 pódios e detém o recorde de mais GPs disputados na Fórmula 1: 326 corridas com 322 largadas, ameaçado atualmente por Kimi Raikkonen. O finlandês completa 321 corridas no GP da Áustria deste ano.

Barrichello ainda disputou uma temporada na IndyCar em 2012, após deixar a F1 em 2011. Atualmente disputa a Stock Car Brasil, onde foi campeão da série em 2014.

Felipe Massa também venceu 11 vezes na maior categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1. Ingressando em 2002 na F1, na Sauber, o paulista ingressou na Ferrari em 2006, já conquistando vitórias no GP da Turquia e no GP do Brasil, terminando na terceira posição do mundial de pilotos. Em 2007, mais três vitórias. Massa subiu ao lugar mais alto do pódio, fazendo o hino brasileiro soar, no Bahrein, Espanha e Turquia.

O ano de 2008 foi o grande ano do brasileiro, que chegou a ser campeão mundial por alguns segundos. Ano também de suas últimas vitórias na categoria, Massa venceu no Bahrein, Turquia, França, Europa, Bélgica e Brasil. Ele ficou até 2013 na Ferrari antes de assumir um cockpit na Williams para a temporada de 2014, onde ficaria até o final de 2017. Atualmente é piloto da Venturi, na Fórmula E.

Massa disputou 269 GPs, conquistando 16 pole positions, e 41 pódios.

Outros pilotos fazem parte da era “pós-Senna” (desconsiderando os pilotos que correram até o ano de 1994) na F1. Pedro Paulo Diniz foi quem mais correu com 98 GPs entre 1995 e 2000.  Bruno Senna disputou 46 corridas entre 2010 e 2012.

Felipe Nasr disputou 39 GPs entre os anos de 2015 e 2016. Já Ricardo Zonta correu entre os anos de 1999 e 2005, acumulando 36 corridas. Com 28 corridas, Enrique Bernoldi (2001 e 2002), Cristiano da Matta (2003 e 2004) e Nelsinho Piquet (2008 e 2009), o único a conquistar um pódio na era “pós-Senna” depois de Barrichello e Massa. Um segundo lugar no GP da Alemanha de 2008.

Ricardo Rosset correu entre os anos de 1996 E 1998, marcando 26 presenças em Grandes Prêmios. Atrás dele, Tarso Marquez fez 24 largadas entre os anos de 1996 e 2001.

Antonio Pizzonia (20 GPs), Lucas Di Grassi (18) e Luciano Burti (15) fecham os brasileiros que disputaram um Grande Prêmio de Fórmula 1 após a morte de Ayrton Senna, em 1994.

Promessas brasileiras para a Fórmula 1 (e além)

O Brasil segue bem representado no esporte a motor mundial, com alguns jovens talentos surgindo como novas promessas.

Em maior evidência está Sérgio Sette Câmara, de 19 anos. Atualmente em seu terceiro ano na Fórmula 2, Sérgio Sette é piloto reserva da McLaren F1 em 2019.

Pietro Fittipaldi também está perto de um cockpit na Fórmula 1. O neto de Emerson Fittipaldi é piloto reserva da Haas, realizando um teste para a equipe em 2019 após o GP do Bahrein. Além do sobrenome de peso, Fittipaldi também conta com um forte patrocinador, que inclusive colocou Sergio Perez dentro da categoria.

Outro destaque é Matheus Leist, atualmente piloto da IndyCar ao lado de Tony Kanaan na AJ Foyt. Campeão da F3 Inglesa em 2016, Leist se destacou na Indy Lights em 2017 e ingressou na série principal em 2018. O jovem de 19 anos está em sua segunda temporada completa na IndyCar.

Na Formula 3, antiga GP3, dois brasileiros disputarão a temporada de 2019: Pedro Piquet e Felipe Drugovich, com o último sendo campeão do Euroformula Open em 2018 com 15 vitórias, recorde absoluto da categoria.

 

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