Pilotos da Honda comentam sobre circuito de Sakhir

O circuito internacional do Bahrein possui seis retas longas, e para obter o máximo de velocidade em reta, os carros andam com menos asa do que em Melbourne ou Sepang. A redução de aderência aerodinâmica resultante cria problemas de equilíbrio nas seções com mais curvas da volta, onde a característica de manejo dominante é a saída de traseira.

O traçado da pista de 5.412 m (3,363 milhas) tem algumas semelhanças com o de Sepang, o palco da prova anterior da temporada de F1, mas o asfalto do Bahrein é mais liso, oferecendo menos aderência. Como resultado, a Bridgestone levará pneus com compostos mais macios para esta prova.

As curvas-chave do circuito são a curva 1, onde os carros freiam de velocidade máxima até primeira marcha, e a curva final. Ambas oferecem potencial para ultrapassagens.

Como o circuito está localizado no deserto, a temperatura ambiente pode ficar próxima aos 40 graus. É um calor seco, semelhante ao experimentado em Melbourne, que não deve causar qualquer problema de confiabilidade para as equipes. No entanto, a areia do deserto que circunda o circuito é uma ameaça real à confiabilidade, porque grãos minúsculos são sugados para os sistemas internos dos carros e as equipes têm de ser ainda mais cuidadosas nos processos de limpeza.

Além do problema único que a areia causa às máquinas, as exigências físicas sobre os pilotos no Bahrein são altas. A despeito disso, Rubens Barrichello não acha que ele terá qualquer dificuldade adicional no final de semana. “As três primeiras provas da temporada, fora da Europa, são muito exigentes para os pilotos de uma perspectiva física, já que as temperaturas ambiente ficam normalmente na proximidade dos 40 graus”, confirma ele.

“Eu estou bem preparado, com um regime de preparação física intenso, para assegurar que eu estivesse no pico de minha condição no início da temporada. As corridas da Austrália e da Malásia ofereceram uma boa amostra do calor seco intenso que podemos esperar no Bahrein na próxima semana. E eu não acho que o calor vá causar qualquer problema para mim ou para o carro.”

“Eu sou um grande fã do Bahrein como país e também gosto muito do circuito”, afirma seu colega Jenson Button, “já que ele tem algumas ótimas seções de seqüências de curvas rápidas onde você realmente pode levar o carro ao limite. Confiança nas freadas é a chave para uma volta rápida. Você tem de acreditar no desempenho do carro e ter total confiança em que vai parar com eficácia.

“Existem diversas oportunidades de ultrapassagem, especialmente na curva 1, depois da reta longa, onde você pode tirar distâncias cruciais, já que alguns pilotos tendem a frear surpreendentemente cedo. O setor mais desafiador é provavelmente a curva 14, que tem uma tomada muito rápida na qual você freia enquanto entra na curva e, por isso, precisa ter muito cuidado para não travar a roda dianteira do lado interno da curva. A areia jogada pelo vento na pista pode ser um desafio, já que você nunca sabe como o nível de aderência vai mudar.”