A Fórmula 1 volta a ter um dia decisivo. Nesta quarta-feira dirigentes irão se reunir para discutir possíveis e prováveis mudanças para a próxima temporada da categoria. O Conselho Mundial de Automobilismo se reúne na sede da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em Paris, na França.
O campeonato deste ano foi aprovado pela maioria das escuderias. A Ferrari, que ainda comemora a conquista de seu quinto título consecutivo no Mundial de Construtores, e sexto título de Michael Schumacher, é a que mais tem motivos, apesar de sua vida ter sido dificultada, em especial, pelo novo sistema de pontuação, que “desvaloriza” a vitória, que é premiada com apenas dois pontos a mais que o segundo lugar.
“Iremos agora aproveitar este sucesso que veio com o final de uma temporada muito difícil, com uma oposição muito forte. E eu posso assegurar que nós não perdemos nossa ânsia por vitórias”, declarou Jean Todt, o diretor esportivo da Ferrari.
Uma outra mudança que no começo não foi muito bem aceita pelos pilotos da escuderia italiana, especialmente Michael Schumacher, que fez algumas críticas, era o novo sistema de classificação, com apenas uma volta lançada. Modelo este que deverá mudar caso o conselho aprove a nova proposta nesta quarta-feira.
De acordo com uma reunião já realizada entre chefes de equipe e dirigentes da FIA, a pré-classificação, hoje realizada na sexta-feira, será extinta. No sábado, continuará acontecendo o treino que define o grid de largada, no entanto, cada piloto terá direito a duas voltas rápidas, ao invés de uma só, como neste ano. E o tempo do treino passará de 1 hora, para 1h30.
A ordem de entrada na pista, ao invés de ser a classificação do campeonato, será o resultado da prova anterior. Então cada piloto entrará e fará uma volta rápida. Isso durará 45 minutos. Na metade restante do treino, os pilotos voltarão para a pista, na ordem inversa da sessão que acabou de ser realizada.
Flavio Briatore, chefe da equipe Renault, gostou muito da temporada de seus pilotos. Fernando Alonso foi o melhor deles, conquistando o sexto lugar no Mundial, com 55 pontos no total. “Foi um ano fantástico para a Renault, para todos da equipe. Passaremos o inverno trabalhando duro e deveremos estar ainda mais forte ano que vem”, declarou.
Uma vantagem que a escuderia poderá perder em 2004 é o treino extra realizado em toda sexta-feira de um Grande Prêmio. Nas duas horas que antecipavam os primeiros treinos livres, a Renault conseguiu deixar seu carro bem acertado para a classificação, um dos motivos por ter conquistado duas pole position com Fernando Alonso e mais duas primeiras filas com seu companheiro Jarno Trulli.
O Conselho analisará nesta quarta-feira o fim do treino extra e um terceiro carro a ser utilizado pelas escuderias que ocupam os últimos lugares no Mundial, nos treinos livres, como maneira de ajudar no desenvolvimento.
E por fim, um ponto importante, talvez o mais crucial. Cada piloto terá direito de utilizar apenas um motor por final de semana. Se por algum motivo tiver que troca-lo, será punido com a perda de dez posições no grid. Isso implica um maior comprometimento das montadoras com a confiabilidade do motor.
Para valerem, as mudanças têm que ser ratificadas pelo Conselho. A resposta deverá sair nesta quarta-feira.
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