A Ferrari deve monopolizar a primeira fila do grid, as equipes que utilizam os pneus Michelin serão adversários duros na sessão classificatória, mas os Bridgestone podem dar o troco e levar vantagem na corrida. Essa, em síntese, é a avaliação de Felipe Massa depois do primeiro dia de treinos oficiais do GP da Austrália, que marca a abertura da temporada 2004 e a volta do piloto brasileiro à Fórmula 1. “Os Michelin me parecem rápidos em uma única volta, mas os Bridgestone são mais consistentes em condições de prova. De qualquer forma, pelo que mostrou nesta sexta-feira, a Ferrari é favorita para largar na frente.”
O dia começou ruim para Massa. Pela manhã, logo depois de sair dos boxes, o Sauber C23-Petronas parou na pista. Para alívio da equipe, o problema estava na queda da pressão da bomba de combustível. Caso fosse necessária a troca do motor, Massa perderia 10 posições no grid. Na parte da tarde, estabeleceu o 13º tempo com a marca de 1min26s969.
Como já era esperado em função da nova regulamentação que permite a utilização de apenas um motor por fim de semana, as equipes procuraram ao máximo poupar quilometragem. A Sauber aderiu à operação conta-gotas. “Entrei na pista já sabendo que poderia andar no máximo 30 voltas, mas nem deu para utilizar toda a minha cota por causa do problema da manhã. Dei somente 25”, explicou.
Massa admite que a pane na bomba de combustível não foi a única dificuldade encontrada em seu regresso à Fórmula 1. “Eu corri apenas uma vez em Melbourne, em minha estréia pela Sauber em 2002, e precisei de algum tempo para pegar a mão do traçado novamente. Mas no final do dia já estava à vontade na pista”, informou. Diz que o resultado da sexta-feira foi bem-recebido pela equipe suíça. “Fiz uma breve simulação de corrida e o carro me pareceu bastante regular. Acho que estamos no caminho certo.”