Por André Spigariol
A Fórmula 1 está de volta aos Estados Unidos neste fim de semana, depois de cinco anos longe da terra ianque – a última apresentação foi no misto de Indianapolis em 2007. Será a estreia do Circuit of Americas, em Austin, no Texas, que chega com a promessa de oferecer um “desafio” aos pilotos, nas palavras de Hermann Tilke, o arquiteto responsável por este e também por outros projetos, como Yas Marina (Abu Dhabi), Istambul Park (Turquia) e Yeongam (Coreia).
“O Circuit of The Americas parece ser um ótimo circuito. Eu passei um dia no simulador me preparando para ele, então eu sei como ele flui. Eles tomaram a mesma abordagem que nás vimos na Índia, adicionando subidas e descidas com curvas muito rápidas e algumas poucas seções de freadas fortes, onde deve ser possível fazer ultrapassagens”, analisa o finlandês Heikki Kovalainen, da Caterham.
A arquitetura de Tilke misturou elementos de várias pistas elogiadas do calendário, como a curva 8 do Istambul Park e a sequência apertada de curvas velozes de Suzuka. Segundo o projetista, o traçado proporcionará fortes emoções.
“Acredito que existem algumas partes realmente difíceis no circuito, e, espero, ele será um dos mais desafiadores [do calendário]”, disse o desenhista, em entrevista à revista inglesa Autosport. “Após a curva 1, há uma seção ‘serpente’, que é bastante veloz e sera difícil a orientação para os pilotos”, exemplificou Tilke.
Outra dificuldade técnica que pilotos e equipes enfrentarão nos Estados Unidos é o fato de não terem nenhuma informação sobre a pista além do que é oferecido pelo simulador. O circuito recebeu duas exibições de Fórmula 1: uma com David Coulthard, a bordo de um modelo antigo da Red Bull e outra com Jérôme D’Ambrosio pilotando o carro de 2010 da Renault.
Este aspecto do fim de semana também pode balançar a briga pelo campeonato de pilotos e de equipes. Sebastian Vettel e Fernando Alonso brigam para ser o novo tricampeão mundial: o alemão defende dois canecos consecutivos e tem dez pontos de vantagem sobre o espanhol. O terreno desconhecido pode balançar a briga pela vitória, que deve ficar entre Ferrari, Red Bull e McLaren, mas podem também aparecer os bólidos negros da Lotus, após a vitória no último GP de Abu Dhabi.
O circuito tem 5,5 km de extensão, 20 curvas, instalações de alto padrão para a F1, localizado a creca de 24 quilômetros do centro de Austin.