Pirelli leva pneus médios e macios a Abu Dhabi

O Grande Prêmio de Abu Dhabi é o único do ano com largada no final da tarde e encerramento próximo do pôr do sol, proporcionando a pilotos e times um desafio único e aos espectadores uma experiência espetacular.

Os pneus escolhidos para o GP de Abu Dhabi são o P Zero Branco médio e o P Zero Amarelo macio, os mesmos utilizados no GP da Índia no último final de semana. Contudo, as temperaturas a que os pneus serão submetidos, ao contrário de outros circuitos, deve cair no decorrer da prova ao invés de subir.

“A maneira como a temperatura de pista cai em Abu Dhabi obviamente terá efeitos no desgaste e degradação dos pneus, o que significa que as equipes serão capazes de fazer trechos maiores com os pneus macios na parte final da prova. Abu Dhabi é um circuito muito conhecido, pois foi palco de testes antes de nossa entrada na F1. O autódromo de Yas Marina é um dos circuitos mais modernos e espetaculares do ano, com grandes desafios técnicos que testam a maioria dos aspectos do desempenho geral de um pneu. No ano passado, como o desgaste não é especialmente alto nessa pista, muitos pilotos optaram por uma parada apenas. Como os compostos são mais macios este ano, a expectativa é de duas paradas, mas teremos que esperar até sexta-feira para termos uma visão mais clara da diferença de tempo entre os dois compostos. O trabalho feito durante as sessões de sexta e sábado será fundamental para moldar a compreensão de cada equipe de quais estratégias são possíveis e vantajosas para o domingo”, diz o diretor de Automobilismo da Pirelli, Paul Hembery.

O circuito do ponto de vista do pneu:

Em média, a temperatura da pista cai em 15ºC durante a corrida, de cerca de 45ºC no início da prova para 30ºC ao final, o que é aproximadamente o mesmo que a temperatura ambiente. Este é o oposto ao que é visto nas corridas que ocorrem no início da tarde, onde a temperatura da pista tende a ficar maior do que a temperatura ambiente.

Parecido com o circuito japonês em Suzuka, a primeira parte do circuito consiste, essencialmente, em uma série contínua de curvas, que sujeita o carro a aceleração laterais de 4g. Os pneus, então, tem que apresentar um ótimo desempenho por uma longa reta, com os carros em plena aceleração durante cerca de 15 segundos, o que equivale a uma carga de downforce de cerca de 800 kg empurrando para baixo em todas as quatro rodas.

A tração é o aspecto chave para um bom desempenho em Yas Marina, já que não há muitas curvas de alta velocidade. Para ajudar os pilotos ganhar tração máxima, os engenheiros tendem a ajustar os carros com uma traseira bastante suave, o que pode levar a um maior desgaste do pneu traseiro. Se o ajuste é muito rígido na parte de trás, o oposto pode ocorrer: rotação excessiva, o que também reduz a vida dos pneus.

Outras informações sobre Abu Dhabi e as exigências a que os pneus são submetidos, bem como informações sobre como as temperaturas afetam o desempenho, podem ser encontrados em um vídeo em animação 3D estrelando da Pirelli Racing Manager Mario Isola. A utilização é livre e pode ser encontrado no site oficial da Pirelli na Formula 1: www.pirelli.com/f1pressarea.

Notas Técnicas:

O circuito de Yas Marina está localizada ao nível do mar e a maior densidade do ar aumenta o desempenho do motor. Esta força extra também tem um efeito sobre o desgaste dos pneus, com exigências maiores especialmente sobre os pneus traseiros. Os carros tendem a correr com acerto médio na pressão aerodinâmica.

Já a superfície da pista em Abu Dhabi é formada por pedras extraídas na Inglaterra e é geralmente bastante macia. O emborrachamento da pista deve fazer com que as condições melhorem ao longo do final de semana. Também é comum encontrar poeira no circuito durante o início dos treinos livres, mas é rapidamente varrido pelos carros ao longo das sessões.

Os dois primeiros colocados em Abu Dhabi no ano passado (Kimi Raikkonen e Fernando Alonso) usaram estratégia de uma parada, partindo com pneus macios e terminando com médios. Sebastian Vettel, que começou nos boxes depois de ter seu tempo de qualificação anulado, terminou em terceiro, com uma estratégia de duas paradas, tendo começado com pneus médios e chegado ao fim na prova com pneus macios.

Por FSB Comunicações / Assessoria de Imprensa da Pirelli