Renault pode comprar a Toro Rosso

A Renault está mais perto de voltar a ter a sua própria equipe de Fórmula 1, depois de Carlos Ghosn ter retirado a maior parte das suas objeções a este projeto que Cyril Abiteboul vem apresentando desde o inicio da temporada de 2014.

O jovem francês tinha mesmo iniciado negociações com a Caterham quando esta ainda era propriedade de Tony Fernandes, mas sem luz verde de Paris para avançar com o projeto nada pôde fazer quando o malaio vendeu a equipe ao desbarato e a situação tornou-se mesmo impossível com os problemas econômicos que levaram ao fim da equipe no início deste ano.

Com Ghosn menos reticente, Abiteboul fez uma aproximação à Lotus no início de janeiro, mas pensando que a Renault não tinha outras alternativas, Gerard Lopez terá, segundo fontes francesas, avaliado de forma muito generosa a sua equipe e as negociações pararam logo ali. Sem perder tempo, Abiteboul contatou Vijay Mallya, para saber da sua disponibilidade para vender a Force India e o indiano mostrou-se tão interessado nessa possibilidade que voou para Paris nos dias seguintes, apresentando a sua proposta aos franceses.

Preocupados com as dívidas, tanto da Lotus como da Force India, e com a falta de investimento recente nas instalações das duas equipes, os responsáveis da Renault voltaram-se para a Toro Rosso e as negociações com Mateschitz começaram de imediato, pois o austríaco teria chegado à conclusão que atrás de Max Verstappen e Carlos Sainz não tem mais jovens para promover e que, de qualquer maneira, gastará menos colocando pilotos jovens em equipes pequenas do que a pagar um orçamento completo a uma equipe.

Para a Renault comprar a Toro Rosso seria assumir o controle de uma equipe sem dívidas e com uma estrutura muito renovada, mas ainda longe de ter os meios necessários para lutar pelas vitórias. Seria também uma maneira de manter um bom relacionamento com o grupo Red Bull, numa altura em que os rumores de uma passagem para a Audi ou mesmo da construção de um motor próprio abundam, mas o projeto só vai avançar quando Ghosn der mesmo a luz verde e disponibilizar um orçamento que permita a Abiteboul comprar uma equipe e fazer a Renault retornar com força à Fórmula 1 como construtor.