Em entrevista ao site inglês Pitpass, o inglês Ron Dennis, chefe da equipe McLaren, relembrou Ayrton Senna, cuja morte completa 10 anos no próximo dia 1º de maio. Dennis, que conviveu com Senna na equipe de 88 a 93, revelou que Ayrton pretendia retornar ao time no futuro.
“Depois dos primeiros meses na Williams, eu e Senna nos encontramos. Não me lembro exatamente das palavras, mas ele disse que não se sentia totalmente confortável no ambiente e que um dia iria retornar à McLaren”, comentou Dennis.
Dennis também revelou que a morte de Senna quase o fez desistir da Fórmula 1. Quando o finlandês Mika Hakkinen bateu forte no GP da Austrália de 95 e ficou em coma por meses, Dennis também quase abandonou as pistas. Ele explicou que só manteve a motivação porque Hakkinen se recuperou e voltou a correr. O finlandês acabaria conquistando dois títulos com a McLaren, em 98 e 99.
“Eu pensei durante a sua morte por muito tempo, até que um dia decidi que tinha de assimilar tudo e tocar a vida. Não creio que Ayrton mudaria alguma coisa em sua vida, se pudesse. Ele perdeu a vida fazendo aquilo que mais amava. As corridas eram a sua vida, ao contrário de outros pilotos, que dividem A atenção com outras coisas”, continuou.
Dennis então passou a relembrar os traços da personalidade de Ayrton: “Ele era completamente dedicado, completamente focado, tinha enorme satisfação em vencer e conquistar resultados. Ele sabia que não era invencível. Ele sabia seus limites, conhecia os perigos, e os aceitou”, disse Dennis.
O chefe da McLaren também recordou os anos de alegria de Senna ao lado de Gerhard Berger, que foi seu parceiro na McLaren de 90 a 92. “Senna era um cara muito queito, sério, reflexivo, até que veio o Berger. Senna não tinha um senso de humor e era importante que ele tivesse. Mudar isso se tornou uma missão para mim e para Gerhard, e então piadas e brincadeiras começaram a acontecer com freqüência dentro da McLaren, às vezes até pegando pesado”, relembrou.
“Logo Senna percebeu que havia também um lado competitivo nas brincadeiras, para ver quem aprontava a coisa pior para o outro, e então ele entrou totalmente no espírito”, completou.
Entre as travessuras, certa vez Senna jogou uma pasta de Berger, cheia de papéis e documentos, pela janela do helicóptero do austríaco. Em outra oportunidade, colou uma foto de uma mulher seminua no local do rosto do austríaco em seu passaporte.
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