Lewis Hamilton, agora loiro, admite: “Volta boa, mas não perfeita”

Luis Fernando Ramos

Enviado especial a Monza (ITA)

Na pausa da Fórmula 1 durante o verão europeu, Lewis Hamilton se divertiu para valer nos Estados Unidos e no Caribe, pilotando carros extravagantes e cercado de mulheres bonitas. Fez também a promessa a si de voltar com força total para a segunda metade do campeonato com força total, para minimizar os riscos de complicar um terceiro título mundial que parece bem encaminhado.

O inglês dominou o final de semana do GP da Bélgica em Spa, voltou para os Estados Unidos e, no que chamou de “experimento”, descoloriu os cabelos. Neste final de semana do GP da Itália, deu sequência ao trabalho de dominação: foi o mais veloz em todos os treinos livres e conquistou sua sétima pole position consecutiva, algo que não acontecia desde 1993 com Alain Prost.

– Foi uma volta boa, mas não perfeita. Tive voltas muito boas neste ano e é difícil fazer sempre uma volta perfeita. A de Spa foi minha favorita. Hoje, mas sabia que poderia melhorar em algumas áreas mas, quando voltei para a pista no final do Q3, não consegui melhorar. A Ferrari ficou perto, mais do que eu gostaria – disse o piloto ao final do treino.

De fato: se o domínio de Hamilton numa classificação era esperado, a diferença de apenas 0s234 para a Ferrari foi bem menor do que se imaginava. Correndo diante de uma torcida fanática que lotou o circuito de Monza no sábado, Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel conseguiram ao menos deixar a outra Mercedes, de Nico Rosberg, para trás. O resultado acima do esperado foi a senha para sonhar mais alto.

– Não é preciso ter bola de cristal para saber que a Mercedes será forte na corrida. É o time a derrotar se você quiser vencer. Mas quem sabe. Talvez aconteça uma surpresa e, com a força dos torcedores, podemos ter uma surpresa boa – disse Vettel, terceiro do grid.

Para os brasileiros, a chance de marcar bons pontos na prova existe. Felipe Massa larga em quinto e, pelo que demonstrou nos treinos livres, o carro da Williams pode incomodar pelo menos a Ferrari em ritmo de corrida. Já Felipe Nasr larga em 11º lugar, apenas uma posição fora da zona de pontos. O carro da Sauber parece competitivo em Monza e ele tem boas chances de voltar a pontuar, o que não acontece desde o GP de Mônaco, em maio.