Red Bull reforça ameaças de deixar a F1 caso não tenha motores competitivos

A Red Bull está aumentando suas ameaças sobre deixar a Fórmula 1 colocando pressão sobre as autoridades da categoria e a potencial fornecedora de motores Ferrari.

No momento, a equipe austríaca está na iminência de um divórcio com a Renault, mas o chefe da Mercedes, Toto Wolff, confirmou que a montadora alemã não está interessada em fornecer motores para a Red Bull ou a Toro Rosso. “Decidimos há duas semanas contra ter a Red Bull como nossa cliente”, declarou Wolff ao site oficial da F1.

Com a Honda ainda não oferecendo acordos às equipes, então a única opção de motor para a Red Bull é a Ferrari. Mas há alguma incerteza sobre se a montadora italiana forneceria um motor com as mesmas especificações do que usa em sua equipe de fábrica, e Helmut Marko, conselheiro da fabricante de bebidas energéticas, disse que nenhum outro cenário seria aceitável para a Red Bull. Então a opção final da Red Bull é abandonar o esporte.

“O que devemos fazer sem motores competitivos?”, questionou Dietrich Mateschitz na ‘Speed Week’, publicação ligada à Red Bull. O chefe de equipe Christian Horner disse depois do GP de Cingapura que Bernie Ecclestone deveria interferir e agora diz que o ônus também está na Ferrari. “Se a Ferrari quer ter a Red Bull como adversária no campeonato, eles devem nos fornecer motores”, foi citado pelo ‘La Gazzetta dello Sport’.

Horner disse que está confiante que a Ferrari entrará no jogo, descrevendo seu presidente Sergio Marchionne como um “verdadeiro homem do esporte. Ele indicou mais cedo no ano que ele daria um passo como este”, adicionou Horner. “Eu não acho que há qualquer medo que os superaríamos. Eu vejo que a Ferrari teria duas equipes muito fortes para buscar o que até agora tem sido um domínio da Mercedes”.

E se a Ferrari simplesmente disser não, Horner alertou: “Então a Red Bull teria um grande problema e a Fórmula 1 também”.