Luis Fernando Ramos
Enviado especial a Sochi (RUS)
A cinco voltas do final do GP da Hungria, Nico Rosberg caminhava para assumir a liderança do Mundial de 2015. Mas um toque com Daniel Ricciardo numa tentativa de ultrapassagem do australiano obrigou o alemão a ir aos boxes e ele terminou a prova atrás de Lewis Hamilton. Desde então, sofreu outros contratempos: uma quebra de motor em Monza, uma perda momentânea de potência na largada no Japão e um abandono por um problema no acelerador na Rússia.
O resultado disso é que Rosberg caiu para terceiro colocado na tabela e viu o sonho do título praticamente desaparecer. Ele tem 73 pontos de desvantagem para seu companheiro na Mercedes com apenas cem pontos em jogo.
– Tenho a impressão de que este é um ano amaldiçoado. Foram tantos problemas neste momento do campeonato que eu tinha de atacar, alguns pequenos, outros maiores como os abandonos em Monza e aqui na Rússia – lamentou.
O problema em Sochi aconteceu logo no início da prova, quando houve a neutralização do Safety Car na primeira volta.
– O acelerador começou a vir na minha direção. E é sempre uma preocupação quando isso acontece porque ele pode ficar travado numa freada. Então eu não podia pisar fundo, sempre tinha alguma sobra. Depois comecei a passar reto nas curvas e o pedal veio mais e mais na minha direção.
Após dominar Lewis Hamilton na classificação, Rosberg não escondeu sua decepção com o problema mecânico na corrida. Nem a conquista do título de Construtores da Mercedes conseguiu animá-lo.
– Ganharmos o título é bom para todos da equipe, que merecem. Mas para mim é uma situação incômoda, já que é difícil me animar depois da decepção que eu tive nesta prova.
De qualquer jeito, o alemão da Mercedes garante que não perderá o estímulo mesmo com chances mínimas de lutar pelo campeonato.
– Vou continuar dando o máximo. Vou para a próxima corrida no Texas pensando em vencer. A decepção por este resultado vai passar em um dia, quando eu reencontrar minha família – garantiu.