Felipe Domingues, Guilherme Cardoso e Luis Fernando Ramos
INTERLAGOS – São Paulo (SP)
Talvez nada tenha causado um alvoroço tão grande nos corredores da Fórmula 1 em 2015 do que a nova parceria entre a McLaren e a fornecedora japonesa de motores Honda. Reeditando a parceria de sucesso da época de Ayrton Senna e do francês Alain Prost, a união tinha tudo para dar certo, mas, nessa temporada, ficou apenas no papel.
Mesmo assim, a Honda atraiu olhares de uma das principais equipes da categoria, a Red Bull. Os tetracampeões de construtores entre 2010 e 2013 planejam encerrar a parceria com a atual fornecedora das unidades de potência, a Renault, e miraram os japoneses para 2016. O movimento, porém, não agradou nada o espanhol Fernando Alonso, que vem sofrendo com seu carro nesse ano.
– Estamos felizes como um time por trabalharmos juntos e iniciar esse novo projeto. O time está muito unido. Agora, dar motores para outro time, é um pouco preocupante para mim. Eu não acho que a McLaren-Honda deve estar no meio disso. É um problema da Red Bull, eles entraram nessa situação. Acho que eles não queriam o motor desse ano da Ferrari para o próximo… Provavelmente eles também não querem o motor Honda desse ano (risos). É um problema deles, não nosso – comentou Alonso.
Confiando em um melhor rendimento da equipe em 2016, o piloto já “abandonou” essa temporada. Para ele, esse foi um dos piores rendimentos de sua carreira, culminando em uma esperança ainda maior pelo próximo ano.
– Acho que fiz boas voltas aqui e ali. No Japão, em Austin (EUA)… Além desses dois momentos, não tive uma boa temporada. Quando você anda na frente e tem mais motivação, isso ajuda. Mas estou de stand by… Em modo econômico até o ano que vem (risos) – disse, antes de falar sobre sua esperança e planos futuros, afirmando que não para no ano que vem, mesmo que seu carro seja fraco:
– Eu acredito no time. Temos pessoas talentosas e recursos para irmos bem. Se testarmos um carro ruim, ficaremos desapontados e surpresos. Mas não vejo problemas. (Caso o carro fosse ruim) Seria mais um ano de aprendizado até 2017. Mas seria uma surpresa para mim se não formos competitivos em 2016. Não estou com medo de que o carro do ano que vem não seja de um nível top. Estamos um passo à frente em relação a aprendizado – completou.