Felipe Domingues, Guilherme Cardoso e Luis Fernando Ramos
INTERLAGOS – São Paulo (SP)
Ser campeão da Fórmula 1 com três corridas de antecedência muda algo na cabeça de um piloto? Se essa pergunta for feita para o dono do título nesse ano, o britânico da Mercedes, Lewis Hamilton, a resposta será positiva.
Após garantir o título com uma vitória em Austin (EUA), no dia 25 de outubro, o piloto não repetiu uma boa sequência, perdendo a pole e a corrida no México, e, neste domingo, largando novamente atrás do seu companheiro de equipe Nico Rosberg em Interlagos. Mas será que ele vai pressionar o alemão pela vitória?
– Meu trabalho principal foi feito nesse ano (ser campeão), então essa não é a prioridade (vencer pela 1ª vez em Interlagos). Mas no futuro eu espero vencer aqui na pista do Ayrton Senna. Espero que possamos trabalhar bem para, quem sabe, isso acontecer amanhã – disse.
O inglês não parecia muito a vontade na coletiva dos pilotos após o treino de classificação deste sábado. Respondendo as perguntas com poucas palavras, ele aproveitou para cutucar seu colega de equipe e, por que não, desafeto. Especialmente quando perguntado se sentia uma diferença em largar atrás de Rosberg.
– Na verdade não. Tive a maioria das poles no ano e venci o campeonato. Você não acerta todas as vezes, não é…
Mas o companheiro não foi o único “alvo” de Hamilton na entrevista. Ao ser perguntado se preferia largar em primeiro e vencer a prova, ou disputar a vitória com diversos pilotos e conquistá-la ou não, ele foi crítico:
– Eu preferiria correr contra cinco ou dez pilotos, mas não é assim que a Fórmula 1 é e como ela vem sendo em um longo tempo. Mas essas são as boas corridas. Saindo da pole ou na frente e tendo uma pequena batalha com um piloto ou liderar a corrida é legal, mas… Uma das minhas melhores corridas foi, acho que, em 2009. Saí de 18º e subi até o terceiro lugar. Essas são as corridas mais prazerosas. É isso que mais gosto, mas a Fórmula 1… É muito raro ver isso – completou.