A Fórmula 1 vai passar por grandes mudanças a partir de 2006, já que as equipes concordaram, nesta terça-feira, em acelerar a adoção de medidas para economizar dinheiro e melhorar a competição.
“Não poderia esperar mais da reunião”, disse o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, após encontrar-se com os chefes de equipes para discutir propostas que ele apresentou, originalmente para 2008.
Mosley disse que sete montadoras estão atualmente gastando um total de US$ 1,21 bilhão por ano em motores e todos concordaram em reduzir os custos.
“Acho que veremos uma nova fórmula de motores em 2006”, disse Mosley. “As fábricas farão propostas em adição a essas que fizemos para reduzir o custo dos motores em 50%”.
Ainda não se decidiu se é mais econômico aumentar a durabilidade dos motores – possivelmente para até seis corridas – ou reduzir a capacidade dos V10s de três litros para V8s de 2,4 litros.
As montadoras terão um mês para responder a todas as propostas da FIA na reunião do conselho mundial de automobilismo em 30 de junho, mas Mosley disse que a decisão de reduzir a potência “foi totalmente aceita”.
Ele acrescentou que a maioria das medidas serão adotadas em 2006, com algumas mudanças entrando em vigor em 2005.
O controverso sistema de classificação em apenas uma sessão aplicado nesta temporada, e que foi rejeitado pelas emissoras de televisão, pode ser substituído ainda este ano.
“Teremos um novo sistema de classificação em 2005, possivelmente até em 2004”, disse Mosley.
O presidente da FIA disse que houve entendimento total na proibição de ajuda eletrônica para os pilotos como o controle de tração e na mudança para apenas um fornecedor de pneus para todas as equipes, o que acabará com o gasto excessivo nos testes.
“Isso foi muito positivo. Realmente estamos todos muito unidos”, disse o chefe de equipe Eddie Jordan. “Todos querem reduzir os custos no futuro. Fiquei muito satisfeito com o resultado porque todos concordaram”.
A FIA poderia impor suas propostas em 2008, quando o atual “Acordo de Concorde” entre as equipes, a FIA e Bernie Ecclestone chega ao fim.
Entretanto, o encontro desta terça-feira garantiu às equipes um futuro e também acabou com a ameaça de uma categoria rival formada pelas cinco maiores fábricas, chamada GPWC.
Mosley disse que Ecclestone concordou em aumentar substancialmente os pagamentos de renda para as equipes. “Tudo que eles poderiam ter com a GPWC eles receberão na F1”
Uma regra proibindo a troca de pneus durante a corrida, exceto em caso de estouro, pode ser adotada no próximo ano, assim como o fim da restrição da venda ou empréstimo de chassis entre as equipes.
A venda de chassi é essencial para a entrada de novas equipes na categoria.
“Para isso acontecer, precisamos que 50 por cento das equipes concordem, e isso só acontecerá com um regulamento detalhado”, adiantou Mosley.
Reuters
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