Rubens Barrichello vive uma semana de comemorações. Primeiro, porque conseguiu um belo segundo lugar em Barcelona; depois, porque a Ferrari adiou seus testes para quinta-feira, e assim ele pôde voltar para casa para festejar o aniversário de sua mulher, Silvana.
O GP da Espanha provou a versatilidade da Ferrari, que conseguiu fazer uma dobradinha com duas estratégias diferentes. “Foi um trabalho duro”, disse Barrichello. “Depois da classificação acho que as pessoas imaginavam que eu estava mais pesado que Michael, mas não o bastante para fazer apenas dois pit stops, já que fiquei em quinto no grid.”
A diferença de peso era realmente grande, já que Rubens fez sua primeira parada sete voltas depois que Schumacher. “Fiz uma boa volta no sábado, embora o carro estivesse com um peso que eu ainda não havia experimentado nos testes naquela pista. Foi uma decisão de última hora, porque a equipe achou que seria difícil colocar os dois carros numa estratégia ideal, já que havia mais de um time andando muito rápido. Se você não consegue a pole e fica atrás do pelotão, pode ter problemas, como em Ímola, onde fiquei encaixotado no tráfego atrás de carros mais lentos.”
“Durante todo o fim de semana”, continuou Barrichello, “fiquei uns dois décimos atrás de Michael e embora tivesse a chance de fazer a pole, decidi tentar algo diferente e a equipe me deu essa opção. Do ponto de vista de pneus não houve problema nenhum, fiz a mesma escolha que Michael.”
Um pequeno problema no segundo pit stop custou alguns segundos a Rubens, mas o brasileiro disse que aquilo não afetou em nada o resultado final. “Eu poderia terminar mais perto dele, mas não venceria. Tive duas chances de ganhar. A primeira, se Trulli mantivesse a liderança depois dos primeiros pit stops deles. Depois, quando Michael saiu de sua segunda parada, eu estava apenas um segundo atrás dele, e foi o máximo que consegui. O fim de semana, no geral, foi bom. Achei um bom acerto para o carro, a equipe trabalhou bem e o carro funcionou perfeitamente.”
Agora Barrichello terá um dia de testes em Mugello e outro em Fiorano. “Estamos bem no campeonato, mas não podemos nunca desprezar os adversários, por isso continuamos testanto”, alertou o ferrarista. “Quanto aos rivais, é bom lembrar que no ano passado a Williams não vinha bem até vencer em Mônaco, por isso precisamos levá-los a sério, e está claro que a BAR, em termos de velocidade, está perto da gente, com a Williams e a Renault não muito distantes.”