Treinos de classificação preocupam Felipe Massa em Mônaco

A reconhecida qualidade dos pneus Michelin nos treinos classificatórios deve aumentar as dificuldades das equipes abastecidas pela rival Bridgestone no Grande Prêmio de Mônaco. A avaliação pouco otimista é do brasileiro Felipe Massa, cuja equipe – Sauber – corre com os compostos produzidos pela fábrica japonesa. “Os Michelin são mais rápidos em uma única volta, mas em Mônaco esse problema será ainda mais sério para nós porque praticamente não há como ultrapassar naquela pista”, lembra.

Há pouco menos de duas semanas, a Sauber foi beneficiada no GP da Espanha, em Barcelona, pelo melhor rendimento dos Bridgestone em ritmo de corrida. Respaldada pela performance regular dos seus pneus, a Sauber optou pela estratégia de duas paradas nos boxes, contra a de três adotada pela maioria das adversárias. Conseguiu seus melhores resultados individual e coletivo da temporada, com o 7º lugar de Giancarlo Fisichella e o 9º de Felipe Massa. Conservou o 6º lugar no campeonato de construtores e encostou na McLaren, que se mantém em 5º com apenas dois pontos de vantagem sobre a casa suíça – 5 a 3.

Massa imagina que a sessão classificatória do sábado poderá ser a mais difícil encontrada pela Sauber até agora nesta temporada. E não acredita que as desvantagens técnicas possam ser compensadas “no braço”, antiga crença que cerca o sinuoso e estreito traçado urbano de Montecarlo. “Além dos pneus, tem também a questão da tração, fundamental em Mônaco. Se o carro não responder rapidamente nas retomadas, não tem como o piloto fazer milagre”, observa.

A participação de Massa no Grande Prêmio de Mônaco começa nesta terça-feira. A partir das 15 horas (Brasília), ele atuará no time de pilotos que enfrentará a equipe do Príncipe Albert no Estádio Luís XII, em Montecarlo. Massa espera uma partida difícil. “É capaz de o príncipe querer reforçar o time dele com os jogadores do Mônaco que decidirão a Copa dos Clubes Campeões da Europa. No ano passado, a equipe dele não viu a bola”, provoca Massa, que jogou no ataque e foi marcado por Barthez, goleiro campeão do mundo de 1998 pela seleção da França.