O que você acha da pista de Nürburgring?
Nübrugring não é uma das minhas pistas favoritas mas eu gosto de correr nela mesmo assim. Para a corrida é bem difícil, e ultrapassar é trabalhoso. Todo mundo acha que é um circuito de baixa velocidade, mas na verdade não é. A primeira parte da volta é bem lenta, mas depois disso é um circuito de média e alta velocidade, e é necessário achar um equilíbrio entre mecânica e aerodinâmica. Não é fácil achar o balanço certo para volta toda.
Depois de Mônaco, você esperava marcar pontos no GP da Europa?
Nós entramos no fim de semana de Nürburgring apoiados nos nossos quatro pontos conseguidos em Mônaco, mas sabíamos que o GP da Europa nos ofereceria um desafio difícil para marcar pontos. Mesmo assim, nós chegamos e fizemos o que precisávamos para encontrar uma base sólida para todo o fim de semana.
Quais foram suas reações iniciais depois dos treinos de sexta?
A sexta é pra escolher os pneus, o que de fato é mais importante me Nürburgring do que na maioria das outras pistas. Decidimos pelo composto mais macio, que trabalhou melhor conosco, mesmo com a alta taxa de degradação. Fiquei um pouco frustrado na segunda prática porque o Bas Leinder na Minardi quase bateu em mim na minha volta final com pneus novos, me impedindo de conseguir um tempo significativo.
Você se classificou entre os dez primeiros no sábado. Isso foi uma surpresa?
Tanto eu quanto o Cristiano fizemos um bom trabalho na classificação. Optamos por correr com combustível suficiente para parar na volta de número 10, o que não foi tão agressivo quanto estivemos sendo nessa temporada. Achei que do décimo lugar seria possível marcar pontos. As posições no grid representavam bem a performance atual do carro, e meu tempo foi só 0.7s mais lento que o segundo lugar do Sato. Isso é encorajante para o resto da temporada.
Você conseguiu uma boa largada e ficou em oitavo, mas depois você caiu um pouco. Qual foi a maior causa da falta de velocidade?
Para ser honesto, fiquei muito satisfeito com a minha largada. Arrisquei um pouco entrando na primeira curva e fiz meu caminho até o oitavo lugar. Fui capaz de acompanhar o pelotão da frente por algumas voltas, mas aí os pneus perderam rendimento e eu perdi velocidade. Foi nesse momento que percebi que iríamos ficar pra trás.
A degradação dos pneus foi o único problema que você encontrou?
A degradação dos pneus foi realmente a causa principal dos problemas que encontramos ao longo da corrida. A queda de desempenho foi muito alta e sofremos para conseguir consistência e manter alguns carros que fariam duas paradas atrás de nós. Com o Nick Heidfeld eu tive azar, pois recebi uma bandeira azul para me avisar que o Michael Schumacher estava vindo, e tive que abrir num ponto crítico. Isso me custou alguns segundos e significou que eu perdi posições na pista.
Quais são os próximos passos da Toyota?
Sabemos que precisamos de um carro mais rápido e toda a equipe está trabalhando incansavelmente no pacote melhroado que teremos mais tarde na temporada. Por agora, temos apenas que continuar tentando. Temos corridas consecutivas no Canadá e nos Estados Unidos vindo aí, e estarei testando por dois dias em Monza esta semana para nos preparar o melhor possível para essas corridas. Devo repetir que toda a equipe está fazendo um trabalho sensacional dadas as difíceis circunstâncias, e estou confiante de que juntos veremos os resultados chegando em breve.