Mudanças na Sauber de Massa começam no GP da França

A renovação aerodinâmica da Sauber, cuja novidade mais significativa é o capô do motor que estreará no GP da Inglaterra, ganhará impulso nesta semana no GP da França. Testada pela primeira vez na semana passada em Barcelona, uma nova asa dianteira será a principal novidade no carro de Felipe Massa. Desenvolvida no moderno túnel de vento da equipe, inaugurado no início da fase européia, a asa deve melhorar a eficiência na dianteira do carro da Sauber, a começar por um circuito que exige muito downforce como o de Magny Cours.

A Sauber vem acelerando a fabricação de peças produzidas a partir dos estudos no túnel de vento. Boa parte delas, no entanto, não é visível a olho nu. Dono e chefe da equipe, Peter Sauber lembra que o recente trabalho nos dutos de freios não apenas melhorou as freadas, como também a aerodinâmica. “Esse ganho de performance também é resultado da utilização de moldes de carro no tamanho real. Seria impossível reproduzir fielmente a passagem de ar pelos dutos e pelas rodas em modelos na escala de 50 ou 60%”, explica.

A aerodinâmica seria responsável atualmente por cerca de dois terços do desempenho dos carros da Fórmula 1. Em Magny-Cours, ela novamente terá papel relevante em função das características do circuito. “Tem muitas curvas de baixa velocidade, e o desgaste de pneus é bastante elevado. Aliás, esta pista é bastante estranha: no seco, ela come pneus; no molhado, é a aderência é quase zero”, acrescenta Massa.

A Sauber se preparou para o GP da França na semana passada em Barcelona. Além da nova asa dianteira, Massa avaliou diferentes tipos de construção dos pneus Bridgestone para as próximas etapas. No total, completou 883 quilômetros de testes, distância correspondente a quase três corridas. Depois dos acidentes no Canadá e nos Estados Unidos, Massa quer voltar a pontuar e ajudar a Sauber a continuar na briga com a McLaren pela quinta colocação no Mundial de Construtores, perdida em Indianápolis. Deseja, ainda, apagar a lembrança do GP da França de 2002, quando, entre outros incidentes, queimou a largada. “Aquela foi minha pior prova do ano”, reconhece.