Mosley explica sua saída

Por Gabriel Vinicios Silva Maganha

Foram treze anos de dedicação máxima à presidência da FIA. Quase meia década de automobilismo. Com tanta experiência e competência, Max Mosley era sempre comparado à um homem de ferro, tamanha a sua vitalidade e disposição para a resolução de problemas.

Porém tudo pode estar acabando. Ontem, Mosley declarou que vai abandonar a presidência da FIA em Outubro. Os motivos ele deixou para dar hoje: “Cheguei a um ponto em que não acho mais interessante ou satisfatório ficar sentado em longas reuniões”, disse ele.

“Estou de saco cheio de pessoas que geralmente concordam com as coisas, e depois mudam de idéia completamente. Às vezes me dizem: ‘Não é mais divertido sentar à praia com um livro interessante do que ter essas conversas?’. A verdade é que não se pode continuar em um trabalho se ele não lhe fascina mais”, desabafou Mosley.

“Chega de trabalhar 10 horas por dia com corridas. Há mais coisas para se fazer na vida do que perder tempo com questões que não nunca acabam”, concluiu.

Max Mosley é formado em direito, porém não resistiu ao mundo automobilístico. Tentou uma carreira de piloto, mas não obteve sucesso. Na década de 60, ajudou à fundar a March, uma das equipes mais tradicionais da história da categoria. Desde então, nunca mais se desligou do mundo da velocidade. Em 1991, assumiu com todos os méritos a presidência da FIA, cargo que ocuparia até Outubro de 2005. Como Molsey vai abandonar o cargo um ano antes, provavelmente haverão eleições para eleger um presidente interino, que complete o mandato.