Categoria: F1
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1 de maio de 2003 12:38

9 anos sem SENNA

Hoje, dia 1º de maio de 2003, fazem 9 anos do falecimento do piloto Ayrton Senna.

Senna começou sua carreira no Brasil e logo quando chegou na F3 inglesa, contou com a ajuda de Emerson Fittipaldi que lhe indicou a um amigo.

Senna testou para Frank Williams no carro de Keke Rosberg e na quarta volta, bateu o recorde de tempo da pista de Donington Park, que 10 anos depois ganharia a prova fazendo uma excelente prova. Senna tinha propostas da Brabham, Williams e McLaren, mas acabou ficando com a Toleman.

Depois da Toleman, Senna foi para a Lotus onde mesmo com uma carro não muito bom, fez muitas poles e terminou bem nas temporadas que disputou. Logo após a saida de Senna, a Lotus entrou em decadência e em janeiro de 1995, anuncia sua falência.

Depois da Lotus e Toleman, Senna correu de 88 a 93. Em 88 e 89, travou grandes duelos contra seu companheiro de equipe Alain Prost e foi campeão em 88. Prost foi campeão em 89. Em 90, Prost e Mansell faziam dupla na Ferrari enquanto a revalação Gerhard Berger e o já campeão do mundo, Ayrton Senna faziam dupla na McLaren. Após uma batida entre os dois, eles foram para a grama e Senna acabou sendo o vencedor e campeão mundial. Em 91, Senna foi tri-campeão com Mansell como vice. Senna deu a vitória a seu companheiro de equipe, Gerhard Berger, na última curva de Suzuka.

A partir do inicio do começo da temporada de 92, o motor Honda não era mais o mesmo e Senna terminou o campeonato em 4º lugar, com 3 vitórias e 1 pole. Em 93, a McLaren trocou os decadentes motores Honda pelos também não-potentes Ford. Senna teve como companheiro durante esta temporada o americano Michael Andretti e o jovem piloto finlândes Mika Hakkinen, que anos depois viria a ser campeão mundial pela mesma Mc Laren. Senna fez nesse ano 2 de suas melhores corridas: em Donington Park, onde ele ultrapassou vários pilotos apenas na 1ª volta e Interlagos, onde ele terminou a corrida apenas na 6ª marcha e muito exausto. Senna terminaria a temporada em 2º, 20 pontos atrás de Prost que Senna substuiria na temporada seguinte.

A temporada de 94 começara estranha para Williams que tinham o melhor motor e um dos melhores pilotos da história. Senna fizera poles em todas as provas. No GP do Brasil, Senna foi ultrapassado por Michael Schumacher durante o pit stop. Senna, tentando chegar a Schumacher, rodou e abandonou a prova. Seu companheiro Damon Hill, que seria vice-campeão, terminou em 2º. No circuito de Aida, no Japão, todos os pilotos haviam reclamado das ondulações do circuito. Aida sairia da F1 no fim da temporada de 96, acabando com o GP do Pacífico que mais tarde se tornaria GP da Malásia. Senna fizera a pole mas foi atingido pela McLaren de Mika Hakkinen e envolveu o italiano Nicola Larini, da Ferrari, também. Damon Hill abandonou a prova na 49ª volta, com problemas no motor.

O próximo GP seria o de San Marino, no qual Senna havia ganhado em 1988, 1989 e 1991 e fez a pole em 85, 86, 87, 88, 89, 90 e 91. O Gp de San Marino também marcou a única não-classificação de Senna no ano 1984.

O GP começaria estranho. Rubens Barichello, amigo de Senna, voou e bateu muito forte contra o muro e teve algumas escoriações leves no nariz. No sábado, morreria o também amigo austriaco, Roland Ratzenberger, da Simtek. Senna havia ficado muito triste, desanimado e devia saber que algo estranho estava para acontecer. Segundo Fittipaldi, Senna era um daquelkes piltos que tinha sexto sentido. Berger disse também que Senna estava muito abatido com os acontecimentos. Senna, enquanto narrava uma volta sua durante os treinos para TF1, disse que estava com muitas saudades de seu grande amigo Prost. Senna havia dito para Frank Williams em Silverstone que estava satisfeito com as mudanças e que a partir dali, tudo iria ficar bem. Mas antes da corrida, no Domingo, falaria para a imprensa que o carro estava dificil de guiar, o carro estava meio nervoso e o circuito estava escorregadio, perigoso e sem escapatórias.

A corrida não começou bem, após uma batida do piloto portugues Pedro Lamy e o companheiro de Schumacher na Benneton, J.J Lehto. A pista ficou estranha e o pace car teve que entrar. A direção da prova não quis parar a corrida e mandou a entrada do pace car. Após a saída dele, eu tive um presentimento, algo estranho iria acontecer. Senna completou a ultima volta da sua vida 675 milésimos de segundo na frente de Schumacher. Seu amigo, Ratzenberger, morrera próximo da entrada da curva Tamburello. Senna entrou na curva. Empurrava o volante com toda força para a esquerda mas o carro nao respondia. Senna ia muito rápido na entrada da curva. Entava saindo da pista e volante tinha ficado duro, sem poder movimentar. O carro, quando parou, deixou o piloto ereto, coisa estranha em batidas. “Senna deu um grande suspiro. Seu rosto estava tranqüilo. Parecia em repouso. Tive ali, no momento em que o socorria, a estranha sensação de que a alma de Senna tinha partido. Não posso explicar o que senti” disse Sit Watkins, médico da FIA.

Senna morreria algumas horas depois em San Marino. Ainda hoje, eu, Filipe Melo, postarei uma coluna sobre este acontecimento trágico e seus efeitos.

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