O universo da Fórmula 1 já conheceu muitos talentos excepcionais, com Max Verstappen figurando como uma das estrelas incontestáveis da atual temporada. A capacidade dele, junto ao impressionante desempenho do RB19, o colocou como favorito ao campeonato mundial deste ano. Mas a questão permanece: Como identificar um talento desse calibre?
Damon Hill, ex-campeão mundial de Fórmula 1, ao falar sobre a identificação de talentos emergentes, deu sua perspectiva sobre o assunto. Hill esclarece que, enquanto muitos pilotos talentosos podem ser facilmente reconhecidos, existem aqueles que se destacam muito antes de chegarem perto da F1. “Existem certos pilotos, como Ayrton Senna e Michael Schumacher, que já geram um burburinho em torno de si muito antes de chegarem à F1. E até que você perceba esse ‘fator Ayrton Senna’ em alguém, não pode realmente afirmar que a pessoa tem o necessário”, destacou Hill.
A carreira ascendente de Verstappen é um testemunho de seu talento. O campeão mundial, que já conta com dois títulos, fez história ao vencer seu primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1 aos 18 anos. Usando Felipe Drugovich como exemplo, Hill salientou a importância de um desempenho extraordinário nas categorias inferiores para chamar a atenção dos olheiros. “Drugovich teve ótimos momentos na F2, mas é essencial que o piloto esteja consistentemente à frente de seus rivais nas categorias menores. É esse o tipo de performance que faz com que pessoas como Helmut Marko digam ‘é esse piloto que queremos'”, afirmou Hill.
A busca por novos talentos nunca para, e é esse discernimento, a capacidade de reconhecer um talento bruto, que mantém a F1 vibrante e imprevisível. E, como Hill sugere, é aquele raro “Fator Senna” que diferencia os bons pilotos dos verdadeiros campeões.