A Andretti-Cadillac parece estar cada vez mais próxima de alcançar seu objetivo de ingressar na Fórmula 1. A equipe, que já recebeu a aprovação da FIA para competir no grid, segue enfrentando resistência por parte de entidades ligadas à Liberty Media, mas demonstra avanço em seus preparativos.
Neste fim de semana, durante o GP de Las Vegas, agentes do FBI estarão presentes como parte de uma investigação do governo dos Estados Unidos. O objetivo é apurar os motivos que levaram a Liberty Media a rejeitar a entrada da Andretti-Cadillac, mesmo com o aval da FIA. A tensão entre as partes foi destacada em um comentário atribuído a Greg Maffei, CEO da Liberty Media, que teria dito a Mario Andretti que faria “tudo ao meu alcance” para barrar o projeto de seu filho Michael Andretti.
Recentemente, Maffei anunciou sua saída do cargo, aumentando especulações sobre possíveis negociações que poderiam destravar a entrada da Andretti-Cadillac na Fórmula 1. Além disso, o CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, foi relacionado a um potencial movimento para liderar a MotoGP, o que pode estar ligado a um acordo mais amplo para resolver o impasse.
Michael Andretti também decidiu se afastar das operações da Andretti Global, enquanto seu pai, Mario Andretti, campeão mundial de 1978, demonstrou total apoio ao filho. “Essas decisões são do Michael e de sua empresa, não minhas”, declarou Mario ao jornal La Gazzetta dello Sport. “O que posso dizer é que mudanças e novidades estão por vir, e dou meu total apoio às decisões e escolhas feitas por meu filho.”
Sede em Silverstone acelera preparativos
Enquanto o futuro da equipe na Fórmula 1 permanece incerto, a Andretti Global intensificou as operações de sua base em Silverstone, na Inglaterra. De acordo com o site japonês as-web.jp, a organização iniciou uma campanha para contratar 25 novos especialistas em Fórmula 1, somando-se aos cerca de 200 funcionários que já trabalham no projeto.
A comparação com outras equipes do grid mostra o potencial da Andretti-Cadillac. A Haas, por exemplo, opera com cerca de 300 funcionários, enquanto a RB, equipe júnior da Red Bull, conta com 400 colaboradores. Esse crescimento na equipe técnica reflete o compromisso da Andretti-Cadillac em construir uma estrutura sólida para competir em alto nível.
Com a entrada na Fórmula 1 ainda pendente, os movimentos recentes mostram que a Andretti-Cadillac está determinada a enfrentar os desafios e se posicionar como uma nova força na categoria. O GP de Las Vegas pode marcar mais um capítulo importante nessa história, à medida que investigações e negociações continuam a moldar o futuro da equipe no esporte.