F1
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12 de novembro de 2016 12:39

Após prejuízo de R$ 101 milhões, chefe da F-1 não garante Interlagos em 2017

Quando o calendário provisório da F-1 para o ano que vem foi divulgado, o GP do Brasil estava “sujeito a confirmação”. Embora o contrato com a FOM (Formula One Managemente) e a Prefeitura de São Paulo seja válido até 2020, o chefe da categoria, Bernie Ecclestone, ainda não garante Interlagos em 2017.

“Eu não apostaria o meu dinheiro nisso, talvez colocaria o seu”, disse Ecclestone, em entrevista ao site Motorsport.

“Eles investiram muito para ter a Olimpíada e a Copa do Mundo. São Paulo sofreu um pouco com isso, os promotores tentaram seguir com a prova e, lucrando ou não, tentaram não sair com prejuízo. No fim, quem saiu perdendo fomos nós, pois eles não podem nos pagar”, acrescentou.

Ao “Estado de S. Paulo”, o promotor de Interlagos, Tamas Rohonyi, disse não teme ficar sem a corrida. O problema é que com a saída de patrocinadores importantes em 2016, como Petrobras e Shell, a expectativa é de que o evento dê um prejuízo neste ano de quase R$ 101 milhões, ou 30 milhões de dólares. Por contrato, quando a promotora não consegue bancar os gastos, a FOM assume esta dívida. Por isso Ecclestone explicou que a entidade que saiu perdendo.

“Talvez aguente um ano, dois anos (tendo prejuízo). Em 2017, o buraco deve ser de 3 milhões de dólares ou 5 milhões de dólares, o que obviamente não vai fazer muita diferença na vida da FOM. Agora, 30 milhões de dólares dói, né?”, afirmou Rohonyi.

Nesta semana, Ecclestone teve um encontro com o presidente de República, Michel Temer, mas segundo ele não pediu ajuda para fazer o GP de Interlagos.

“Apenas quis encontrá-lo e ver como ele se sentia em relação às coisas em geral. Este país vive um momento político agitado, ele assumiu o cargo recentemente”, explicou Ecclestone.

Apesar da ameaça do chefão da F-1, o autódromo de Interlagos terminou a maior parte das obras que começaram em 2014. Neste ano, o paddock, a sala de imprensa e torre de controle, por exemplo, são novos. Em 2017, João Dória assume a Prefeitura e uma das promessas do candidato eleito pelo PSDB é de privatizar a pista.

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