Aston Martin F1 é inocentada pela FIA de copiar a Red Bull

A Aston Martin foi inocentada pela FIA de ter copiado o RB18 da Red Bull, após uma investigação realizada pela entidade.

Em 2020 a equipe de Silverstone já havia entrado em uma questão semelhante, quando, ainda como Racing Point, foi considerada culpada de replicar partes da Mercedes do ano anterior, levando a uma penalidade de 15 pontos e multa de € 400.000.

Falando em entrevista à BBC Radio 5 Live, o chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, disse: “É uma coisa e tanto instruir sua equipe a criar um clone muito próximo do nosso carro. Algumas pessoas trocaram de equipe durante as férias, e o que você não pode controlar é o que elas levam em suas cabeças.”

“Mas o que seria de grande preocupação para nós, seria se algum IP tivesse de alguma forma mudado de mãos. É aí que contamos com a FIA para fazer seu trabalho. Eles têm todo o acesso e vamos confiar muito neles para garantir que nenhum IP da Red Bull tenha entrado naquele carro”, disse Horner.

O comentário de Horner, foi devido ao fato de que vários de seus funcionários se juntaram à Aston Martin durante as férias, principalmente Dan Fallows, anteriormente aerodinamicista chefe da Red Bull e agora o novo diretor técnico da Aston Martin, embora ele só tenha começado seu novo cargo há um mês.”

Durante as verificações, a FIA afirmou que: “Tornou-se evidente que vários recursos do carro da Aston Martin se assemelhavam aos de outro concorrente”, provocando uma investigação.

Segundo o artigo 17.3 dos regulamentos técnicos, e em particular o tópico de ‘engenharia reversa’ e potencial transferência ilícita de IP, a Aston Martin foi considerada não culpada.

Uma declaração da FIA diz: “Ambas as equipes colaboraram totalmente com a FIA nesta investigação e forneceram todas as informações relevantes.”

“A investigação, que envolveu verificações CAD e uma análise detalhada do processo de desenvolvimento adotado pela Aston Martin, confirmou que nenhuma irregularidade foi cometida, e portanto, a FIA considera que as atualizações aerodinâmicas da Aston Martin estão em conformidade.”

“O artigo 17.3 define e proíbe especificamente a ‘Engenharia Reversa’, ou seja, o processo digital de conversão de fotografias (ou outros dados) para modelos CAD, e proíbe a transferência de IP entre equipes, mas igualmente, este artigo permite que projetos de carros sejam influenciados por concorrentes, como sempre foi o caso na Fórmula 1.”

“Na análise que realizamos, confirmamos que os processos seguidos pela Aston Martin eram consistentes com os requisitos deste artigo”, encerra o comunicado.