Mattia Binotto, diretor da equipe Ferrari, revelou que chegou perto de deixar a equipe no final do ano passado. Binotto, ao contrário, ascendeu ao cargo máximo em Maranello, substituindo Maurizio Arrivabene, que pagou o preço de duas disputas de títulos fracassadas em tantos anos.

Binotto passou para Diretor de Equipe, vindo de Diretor Técnico, tendo passado 25 anos trabalhando na Ferrari.

A Scuderia conseguiu ultrapassar os rivais da Mercedes em alguns períodos de 2018, mas as esperanças de título caíram, devido a erros na pista e nos boxes, enquanto a Mercedes e Lewis Hamilton tiveram mais uma vez sucesso.

Binotto diz que o fracasso o fez considerar suas próprias perspectivas de emprego.

“Eu achava que não estava mais em condições de fazer bem o meu trabalho, e deixei isso claro”, disse ele ao Corriere della Sera.

“E que isso não foi apenas uma dificuldade minha, mas também relacionada a todo o grupo, porque mesmo que um diretor técnico não trabalhe da melhor forma, tudo se reflete naqueles que ele coordena”.

“Sim, é verdade, outras equipes estavam procurando por mim porque minha experiência tem valor na F1”.

“Sou fã da Ferrari desde criança. Nunca pensei em outra equipe além da Ferrari.”

Informações sugeriram que Binotto saiu vitorioso de uma rixa cada vez mais amarga com o antecessor Arrivabene, mas o novo homem no comando diz que não é o caso.

Ele disse: “Trabalhando aqui por 25 anos, tive a sorte de também viver momentos gloriosos com Jean Todt, Ross Brawn e Michael Schumacher. E depois com Stefano Domenicali”.

“Sempre aprendi com todos, até com Maurizio e agradeço-lhe por isso.”

“O relacionamento pessoal sempre foi bom. Nunca houve uma briga”.

“As dificuldades envolveram a visão, a gestão do grupo ou um fim de semana de corrida. Tivemos diferentes pontos de vista”, concluiu.