Valtteri Bottas corre na Fórmula 1 há dez anos, e agora o finlandês revelou que teve que lutar contra problemas psicológicos e depressão no início de sua carreira.
Em um podcast da emissora finlandesa Supla, Bottas falou sobre o problema psicológico que enfrentou em 2014. “Peguei um vôo e uma ex-namorada me disse: ‘Espero que o vôo corra bem. Mas e se cair? Vou sair daqui’. Pensamentos como esse começaram a entrar na minha cabeça.”
Os problemas surgiram em um momento em que os pilotos ainda precisavam estar muito atentos ao seu peso. “Para mim, ficou um pouco fora de controle”, disse o piloto da Mercedes de 32 anos. “Eu tinha que subir na balança todas as manhãs e todas as noites. Sempre tinha que ser cada vez mais leve para eu me sentir bem.”
Isso começou a causar problemas físicos para Bottas. “Eu me cansava muito rapidamente. Depois comecei a ter problemas para dormir”. Os problemas psicológicos vieram a seguir. “A certa altura, minha ex-namorada perguntou se eu não deveria receber um tratamento. Ela disse que eu não era mais o mesmo. Eu era uma sombra de quem eu era antes. Não sentia mais nada.”
A morte de Jules Bianchi em 2015, em decorrência de um forte acidente no GP do Japão de 2014, também fez muito mal para Bottas. “Passei por uma névoa e demorei dois anos para me recuperar”, disse ele. Ele até considerou abandonar o automobilismo completamente. “Minha energia estava acabando. Minha vida inteira girava em torno da F1 e nada mais. Eu não gostava mais disso”. Com a ajuda de um psicólogo, ele voltou aos trilhos. “Passo a passo, voltei à boa forma”, finalizou o futuro piloto da Alfa Romeo.
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