O diretor-gerente da Fórmula 1, Ross Brawn, afirmou que os novos combustíveis sustentáveis, os chamados combustíveis E, que serão introduzidos em 2026, podem beneficiar dois bilhões de usuários nas ruas.
Atualmente, os combustíveis usados na F1 são feitos com uma mistura que inclui apenas 10% de etanol renovável. Como parte do plano de zero carbono líquido da F1 para 2030, a categoria usará combustíveis 100% sustentáveis até 2026.
Mas isso não beneficiará apenas as equipes da F1, já que Brawn afirmou que as petrolíferas parceiras da categoria, estão comprometidas em levar esse novo combustível ao público em geral.
“O grande apelo é que quando encontramos essa solução, você pode usá-la em seu carro de rua, sem fazer nenhuma alteração no motor”, disse Brawn ao Formula1.com.
“Teremos cerca de dois bilhões de motores de combustão interna no planeta, e qualquer solução elétrica que encontrarmos, qualquer solução de hidrogênio que encontrarmos, ainda haverá dois bilhões de carros. Há partes do mundo onde esses carros não mudarão para elétrico.”
“Se colocarmos um combustível que tem muito menos impacto no meio ambiente nesses carros, é uma mudança positiva e enviaremos uma mensagem forte de que esse é um caminho viável a seguir.”
“Todas as companhias de petróleo que trabalham na F1, estão comprometidas com isso. Será uma conquista fantástica e uma mensagem fantástica para o mundo de que existem outras soluções também”, disse ele.
Explicando o benefício desses combustíveis E, Brawn acrescentou: “Estamos trabalhando em um combustível E, onde o círculo de carbono é completamente neutro, de modo que o carbono utilizado para produzir esse combustível é a mesma quantidade de carbono emitida pelo motor de combustão interna. Isso significa que os motores não adicionam nada ao dióxido de carbono na atmosfera.”
No início deste ano, Sebastian Vettel comentou que as unidades de potência da F1, altamente eficientes, mas extremamente complicadas, não têm muita relevância para a indústria automotiva em geral.
Mas Brawn está convencido de que este último passo visa beneficiar a sociedade de forma mais ampla.
“A F1 sempre impulsionou a tecnologia incrivelmente bem, e foi pioneira em tecnologia genuína que pode ser usada em veículos de passageiros e carros de rua e assim por diante”, disse ele. “Temos um motor de combustão interna incrivelmente eficiente.”
“Esse conceito de que quando você define a concorrência, se você a define com os objetivos certos, se o objetivo é o melhor combustível sustentável, os fabricantes investirão milhões em desenvolvimento para tentar alcançar isso e então obteremos todos os benefícios para o público em geral”, concluiu.
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