Brown acredita que equipes de F1 valerão bilhões de dólares em um futuro próximo

Com o interesse na Fórmula 1 crescendo ano a ano, O CEO da McLaren, Zak Brown, acredita que não demorará muito para que as equipes comecem a ser avaliadas na casa dos bilhões de dólares.

O assunto ‘valor’ na Fórmula 1 tem sido muito popular nos últimos tempos, tanto em termos da categoria em si, quanto das equipes que atualmente compõem o grid.

Recentemente, o valor da F1 foi colocado em destaque, quando surgiram boatos sobre uma possível oferta de aquisição da categoria por US$ 20 bilhões, que teria sido feita pela Arábia Saudita, o que foi descrito como sendo um valor ‘inflado’, pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, um comentário que atraiu a ira da Liberty Media, proprietária da Fórmula 1.

Mas os valores das equipes também foram questionados, com cada vez mais construtores em potencial querendo garantir um lugar no grid.

O interesse da equipe Andretti em entrar na F1, foi recebido com uma resposta morna da maioria das atuais equipes da categoria, com muitos argumentando que o atual fundo de diluição de US$ 200 milhões, não representa mais o valor de mercado para a entrada de uma nova equipe.

Esse valor foi acordado durante as negociações do atual Pacto de Concórdia, mas com um novo acordo a ser negociado em 2025, já houve politicagem inicial para levantar algumas questões, como o aumento desse fundo de diluição.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, sugeriu no ano passado, que o custo de uma nova equipe de Fórmula 1 é de US$ 1 bilhão, e Brown, um dos poucos a favor dos planos da Andretti (a outra equipe favorável à entrada da Andretti, além da McLaren, é a Alpine), disse que não demorará muito para que as equipes sejam avaliadas em bilhões de dólares, se é que isso já não aconteceu.

“Eu realmente não falei com outras equipes sobre isso”, disse Brown à imprensa, sobre o fundo de diluição. “Será um tópico desta próxima reunião da comissão da FIA, recebemos a agenda, e ‘novas equipes’ são um tópico de discussão”, disse ele.

“Acho que cabe à Fórmula 1 e à FIA, decidir qual é a taxa apropriada. Quando criamos a taxa, quase cinco anos atrás, a Fórmula 1 estava em um lugar totalmente diferente. Então, acho que eles precisam escolher o que consideram apropriado e garantir que seja uma boa relação custo/benefício.”

“Quero dizer, essas franquias valem muito dinheiro, então é um investimento, em vez de uma taxa, porque essas franquias, se ainda não valem, certamente valerão bilhões de dólares em um futuro não muito distante, como outros grandes esportes”, afirmou Brown.

No entanto, Brown está confiante sobre a direção que a F1 está tomando, apesar de alguns ‘estremecimentos’ na relação entre a FIA e a F1. Essas tensões pareceram esfriar depois que Ben Sulayem anunciou sua intenção de se afastar do dia a dia da F1.

“Não estou preocupado”, disse Brown sobre o conflito FIA/F1. “Acho que a FIA e a Fórmula 1 estão em uma boa trajetória. Porque eu acho que a FIA e a Fórmula 1 trabalham no que acham ser o melhor interesse do esporte. Então, ambos são muito bem-intencionados. Obviamente, houve algum atrito ultimamente, mas isso parece ter esfriado e as coisas estão de volta aos trilhos”, finalizou Brown.

 

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