Torcedor do Real Madrid, o novo piloto da Renault revela ser fã de Ayrton Senna e rasga elogios a Felipe Massa
Por Carolina Alberti
Pode-se dizer que o espanhol Carlos Sainz Jr., atualmente piloto da Renault, em um pé no Brasil. Aos 23 anos, o filho do campeão mundial de Rali, Carlos Sainz chega a São Paulo para o seu terceiro GP do Brasil. Vendo sua última participação do Grande Prêmio verde e amarelo como a melhor corrida da chuva na Fórmula-1, o jovem tentará, neste domingo, repetir o feito.
– Estou muito feliz de estar aqui mais um ano em um GP tão especial como o do Brasil, por tudo o que ele contempla, com a atmosfera que tem e pela lenda de Ayrton, que está sempre muito presente. Estou com boas expectativas, não passado fiz uma das melhores corridas da Fórmula-1 na chuva aqui no Brasil e este ano, com a Renault espero seguir como no ano passado – afirmou.
Sanz também avaliou o circuito de Interlagos. Afirmando que o o “S” do Senna é uma mas curvas mais bonitas da Fórmula-1, o espanhol ainda elogiou a reforma realizada no asfalto da pista, em 2014.
– Gosto muito. É um circuito que chamamos de “old school”, bastante estreito, com muitas subidas e descidas. O “S” do Senna, por exemplo, é uma das curvas mais bonitas da Fórmula-1. Temos também um asfalto que vai muito bem depois da reforma de 2014. Além disso, o clima. A chuva faz com que a prova possa ter surpresas – comenta Carlos, que completa:
Acredito que depois das duas primeiras corridas que fiz com a Renault, temos a oportunidade de seguir progredindo e conseguir os pontos para acabar em sexto. A nível pessoal, seguir me adaptando ao carro, conhecendo as pessoas e procurando acertar os últimos detalhes para adquirir experiência com o carro.
Apesar de ter nascido no ano do falecimento de Ayton Senna, o corredor da Renault revela que o brasileiro é um de seus ídolos e referências, assim como o espanhol Fernando Alonso.
– Meu pai e Ayrton foram campeões do mundo no mesmo ano. Eu nasci em 94, no ano que Ayrton morreu, mas, para mim, ele sempre foi um ídolo, uma referência e umas das pessoas que mais admiro desde pequeno – conta o espanhol, que complementa:
– Quando comecei a ver Fórmula-1, entre nove e dez anos, era Fernando Alonso que ganhava corridas, com a Renault. Portanto, este desejo de ser campeão mundial um dia veio dele. Comecei no kart e lá coloquei como meta ir para a Fórmula-1 e Alonso me apoiou muito. Agora tenho a chance de competir com ele, o que é uma honra, um sonho realizado.
Além de Senna, outro brasileiro faz parte da vida de Carlos: Felipe Massa. Fazendo sua despedida da F-1 nesta temporada, o brasileiro foi muito elogiado pelo companheiro de profissão.
– Para mim Felipe é um dos pilotos mais queridos de todo o padock. Todos o respeitam muito e sabem que poderia ter sido campeão mundial. Correu muito anos em uma escuderia como a Ferrari, tem muitas vitórias e é uma carreira incrível que muitos pilotos gostariam de ter. Pessoalmente. tenho uma relação muito boa com ele e o desejo o melhor para o futuro.
Ainda sonhando com o seu primeiro título mundial, Sainz comentou a merecida vitória do britânico Lewis Hamilton, dando a ele o tetracampeonato.
– Hamilton mereceu ser campeão do mundo este ano. Acredito que estava um passo à frente no diz respeito a consistência em relação à outros anos. Ele fez um ano muito completo, como piloto, creio que falhou poucas vezes. Ter um bom carro como o da Mercedes acredito que foi a chave para o tetracampeonato.
Torcedor do Real Madrid, o espanhol ainda comentou sobre o atual momento da equipe catalã.
– Real passa por um momento complicado. Não estou seguindo muito futebol por causa dos GPs. Real Madrid começou o ano muito bem, ganhando a Supercopa e agora estamos um pouco mal. Porém, acredito que Madrid vai se recuperar.
O nome pesa?
Sendo piloto de automobilismo assim como seu pai, Carlos Sanz Jr. conta que seu início, ainda no kart, foi recheado de pressão. Por carregar o mesmo nome de seu pai, o jovem piloto conta que ela olhado de forma diferente.
– Quando era pequeno e estava no kart tinha muita gente que achava que estava lá por ser filho de Carlos Sainz. Tinham muitos mais pais e filhos de olho em mim quando estava no kart, então tinha mais pressão e todos queriam ganhar do ‘filho de Carlos Sainz’. Era como se Ayrton Senna tivesse tido um filho, todos gostariam de ganhar dele.
Mais velho, ele ressalta que o fato de ter um pai campeão mundial gera mais coisas boas. Contudo, quando o assunto são estratégias para dirigir, o filho busca a própria identidade.
– A melhor parte, já tem existem mais coisas boas do que ruins, é poder ter sempre ao seu lado um campeão do mundo. Independentemente do esporte, existem poucos campeões do mundo e que foram os melhores da história do seu esporte, menos ainda. Tenho muita sorte de ter isso em casa. Sempre escuto os conselhos dele sobre como conduzir minha vida. Sobre pilotagem menos, já que quem está no carro sou eu.
Mudança de escuderia
Saindo da Toro Rosso no GP dos Estados Unidos, Carlos Sainz falou sobre os fatores que o levaram a aceitar este desavio. Tendo até o GP de Abu Dhabi para se adaptar ao carro, o espanhol vê a nova escuderia em ascensão rumo ao título mundial, a médio prazo.
– Primeiramente, estou muito feliz de ter chegado a uma equipe como a Renault, que já foi campeã do mundo e que tem como objetivo a médio prazo voltar a ser e que confiaram em mim para este projeto. Para mim é uma honra e me motiva muito. Neste últimos meses, vi a quantidade de infraestrutura. A Renault, na Fórmula-1, é a equipe que mais está crescendo e me motiva muito saber que chego a uma equipe com altas expectativas e estão trabalhando muito para voltar ao topo – conta Sainz, que completa:
– Eu espero que a Renault siga progredindo com fez este ano. Se comparar do GP da Austrália até agora, é possível ver que progrediram muito. Esta ascendência que me deixa confiante. No momento, os líderes estão longe, mas confio que Renault é a equipe que mais vai evoluir.