A pré-temporada da Fórmula 1 não é somente sobre lançamentos chamativos dos novos carros. Enquanto notícias sobre pilotos e membros das equipes tomam conta dos noticiários sobre a categoria, nos bastidores acontece algo de extrema importância: os rigorosos testes de impacto realizados pela FIA. Antes de ir para a pista, cada carro precisa provar sua capacidade de proteger bem o piloto.
Longe dos tempos em que as equipes testavam suas próprias criações, a segurança hoje reina absoluta. Testes simulam uma série de situações de impacto que, embora pareçam (e sejam) destrutivas, garantem que os pilotos saiam de batidas como a de Mick Schumacher na Arábia Saudita ou o capotamento de Zhou Guanyu em Silverstone, sem ferimentos graves.
Mas como essas ‘células de sobrevivência’ são avaliadas? O regulamento técnico da FIA, em seu denso capítulo 13, dita o passo a passo. São várias etapas: impacto frontal intacto e danificado, resistência da célula de sobrevivência, pancada lateral, impactos dianteiro e traseiro, teste da coluna de direção, e teste do ‘santantonio’. Tudo meticulosamente supervisionado por técnicos da FIA e equipamentos extremamente calibrados.
O impacto frontal, por exemplo, é realizado duas vezes: uma com o carro intacto e outra simulando um segundo choque após um acidente inicial. A estrutura do ‘santantonio’, após o susto de Zhou, quando o componente desintegrou no capotamento, foi reforçada e agora suporta cargas ainda maiores. Já os tubos laterais, aqueles escondidos sob os sidepods, são os guardiões invisíveis dos pilotos contra impactos laterais.
Em suma, os crash tests da F1 são um espetáculo de engenharia dedicado à segurança. Cada tubo deformado, cada suporte fragmentado, conta uma história de inovação e resistência, tudo com um único objetivo: garantir que o espetáculo possa continuar nas pistas ao redor do mundo.