A Fórmula 1 passará por uma grande reformulação técnica em 2026, com novas regras que prometem alterações significativas nos carros, principalmente em relação à aerodinâmica e motores.
Enquanto mudanças regulatórias costumam gerar oportunidades para equipes como a Red Bull, que se destacou na última alteração em 2022, o CEO da McLaren, Zak Brown, expressou certa preocupação com o impacto na competitividade.
A F1 vive atualmente um momento de disputa acirrada entre Red Bull, McLaren e até mesmo a Mercedes, que vem demonstrando uma boa evolução recente. Para Brown, a nova leva de regras pode prejudicar a imprevisibilidade das corridas.
“Existe um pouco de receio de que isso desequilibre a categoria”, afirmou Brown para a imprensa. “Mas a F1 sempre foi sobre desenvolvimento tecnológico. Essas regras estão em vigor há um tempo considerável, então acho que devemos permanecer fiéis à essência da F1 e torcer para que os novos regulamentos, que ainda estão sendo ajustados, aproximem todas as equipes desde o início”, acrescentou.
Brown também destacou o outro lado da moeda. Segundo ele, se a F1 não evoluir suas regras, corre o risco de se tornar uma categoria monomarca, com carros iguais.
“Há esse risco, mas o problema é que se você adiar as mudanças, elas ficarão cada vez mais próximas”, disse ele. “Em algum momento, você precisa se manter fiel à F1 e dizer: ‘Certo, vamos mudar as regras’. É algo que os fãs adoram na F1, o fato de ser um campeonato de construtores tanto quanto de pilotos. Do contrário, corremos o risco de virar a IndyCar. Não há nada de errado com a Indy, mas é uma categoria basicamente com carros iguais, e a F1 é sobre o trabalho dos construtores”, finalizou Brown.