O diretor da Alpine F1 Team, Davide Brivio, disse que ficou surpreso com o nível de comunicação de rádio possível na Fórmula 1, ao mesmo tempo que reconhece semelhanças entre a categoria e a MotoGP.
Brivio passou duas décadas trabalhando na MotoGP, na Yamaha e depois na Suzuki, e supervisionou temporadas para a conquista do título com os dois construtores, mais recentemente em 2020, com a Suzuki, terminando sua espera de 20 anos por um campeonato da categoria rainha.
A Alpine contratou Brivio para o cargo de Diretor de Corrida a partir de 2021, como parte de uma estrutura de gestão, que também inclui o CEO, Laurent Rossi e o Diretor Executivo, Marcin Budkowski.
Brivio destacou que está ganhando interação em seu novo ambiente na Fórmula 1, e expressou surpresa em como as equipes podem se comunicar durante os GPs.
“Esse contato direto com o piloto de forma consistente, o engenheiro de corrida diz ‘faça isto, faça aquilo, espere um pouco’, essa é a maior diferença”, disse Brivio comparando a Fórmula 1 com a MotoGP.
“Quando experimentei a primeira corrida no Bahrein foi assim: no início da corrida eu dizia ‘uau, uma hora e 45 minutos, vai demorar’, mas foi rápido, porque você está muito ocupado ouvindo, checando, analisando, e isso é muito interessante.”
“Na MotoGP, quando a corrida começa, o piloto está sozinho, você apenas senta e assiste pela TV, isso é tudo que você pode fazer.”
“Aqui na F1 você está constantemente em contato, você está quase no carro, então você é muito mais parte do que está acontecendo na pista, eu acho.”
Brivio, no entanto, destacou que embora o lado técnico da Fórmula 1 seja muito mais profundo do que na MotoGP, existem paralelos humanos entre as categorias.
“Não sou engenheiro, mas posso realmente apreciar a tecnologia, e desse ponto de vista, é interessante, esse é um dos motivos pelos quais decidi entrar na F1”, disse ele. “É interessante, claro, diferente de onde estava antes.”
“Existem semelhanças. Pilotos… eles têm os mesmos altos e baixos, com motivação, boa forma, péssimo estado, reclamando, não felizes, não sentindo, seja o que for.”
“Os mecânicos aqui e lá (F1 e MotoGP), precisam de se manter motivados, fazendo-os querer melhorar e tudo, por isso existem muitas semelhanças.”
“A tecnologia na F1 é mais complexa, o carro é maior, muito mais peças, mais informações, mais coisas que você pode medir, então, como consequência, mais coisas que você precisa analisar”, completou.
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