Com atmosfera de Senna, Hamilton sonha com mais um troféu nesta temporada

Atual tetracampeão mundial, o britânico participou da HSM Expo e espera vencer em Interlagos mas, dessa vez, sem chuva

Por Carolina Alberti

Enquanto não esquenta os pneus no Autódromo de Interlagos, o atual tetracampeão mundial Lewis Hamilton separou alguns minuto da sua agenda para dar uma palestra a um seleto grupo de executivos na HSM Expo 2017. Estando na casa de seu ídolo, Ayrton Senna, o britânico revela ainda não estar acostumado com o título de “tetracampeão mundial” e afirma que vem para o GP do Brasil focado na vitória.

Chegando a marca de quatro títulos mundiais aos 32 anos, Hamilton conta que nada mudou desde o GP do México, mas brinca que gosta de ser apresentado como tetracampeão.

– Sinceramente, ainda não parece real. Talvez porque ainda faltam dois GPs para correr. Nos últimos sete dias eu fiquei com a minha família. Então, até agora, nada mudou, nada está diferente. Porém, é muito legal ser apresentado como tetracampeão mundial (risos).

Fã declarado de Ayrton Senna, o britânico defende que o piloto ‘está no coração dos brasileiros’. Além disso, ele alerta que, mesmo com o título mundial já assegurado, quer sair do Brasil com mais um troféu.

– Eu sou um grande fã do Ayrton. É incrível vir ao Brasil e ver que Senna segue no coração dos brasileiros. Estou aqui para tentar vencer, já que só consegui uma vez. Sei que da última vez venci na chuva mas, agora, espero um tempo seco.

Com três de seus quatro mundiais conquistados em um curto espaço de tempo – em quatro temporadas, foram três títulos – Hamilton afirma que, ao contrário do que parece, não existem resultados em um curto espaço de tempo. Ele aconselha os empresários a serem eles mesmos e buscarem o sucesso no seu devido tempo.

– Resultados a curto prazo? Isso não existe. Eu demorei 25 anos para chegar aonde estou hoje. Quando se está no topo, as pessoas dificilmente entendem tudo o que você fez durante anos para chegar no seu objetivo. Quando uma criança me fala o que ela pode fazer para ser como eu, a minha resposta é: “Seja você mesmo” – afirma Lewis, que levou o ensinamento para o mundo da F-1:

– Alguns pilotos, não vou citar nomes, eram muito talentosos, mas não trabalharam tão duro. Se pensarmos no Rubens Barrichello, por exemplo, ele não tinha o mesmo talento, mas trabalhava muito duro.

Ele ainda lembrou de um momento complicado em sua carreira, a troca da McLaren pela Mercedes, ao final da temporada 2012. Cinco anos depois, ele defende que foi ‘a melhor decisão de sua carreira’.

– A troca foi a melhor decisão da minha carreira. Eu não tinha mais o que ganhar lá. Além disso, piloto bom é aquele que consegue vencer com outro carro.

Ao final do evento, Lewis Hamilton foi presenteado com uma camiseta do Atlético-MG, com o seu nome e o número 44 – o mesmo de seu carro – estampados.