Com “faíscas” entre os dirigentes no paddock, Toro Rosso rebate críticas da Renault

A Toro Rosso respondeu à acusação da Renault de que seus recentes problemas de confiabilidade foram causados pela forma como a equipe opera suas unidades de potência.

A equipe italiana sofreu uma série de falhas nas corridas recentes, com Pierre Gasly e Brendon Hartley recebendo penalidades de grid para o Brasil e depois novamente sendo atingida por problemas no início dos treinos libres em Interlagos.

O chefe da Renault, Cyril Abiteboul, disse na sexta-feira que “tenho um pouco de preocupação com a maneira como nosso motor é operado no carro da Toro Rosso”, antes de acrescentar que “não existe coincidências neste esporte”.

A situação ficou “feia” neste sábado no paddock da F1 em Interlagos, com Abiteboul e Helmut Marko discutindo veementemente, com dedos em riste e por pouco as coisas não foram para “as vias de fato”, com rumores sugerindo que a Renault poderia cessar o fornecimento de motores para a Toro Rosso já no Brasil e Abu Dhabi.

Em um comunicado oficial emitido na manhã deste sábado, a Toro Rosso afirmou que os problemas não têm nada a ver com a instalação ou como a equipe opera os motores.

“É uma grande surpresa para equipe que Cyril Abiteboul tenha sugerido à mídia que os problemas que a Toro Rosso está sofrendo com as unidades de potência estejam relacionadas à equipe e a maneira como a unidade é operada no chassi da STR12”, dizia o comunicado.

“Nós gostaríamos de esclarecer que todas as falhas do MGU-H e do turbo que a Toro Rosso sofreu recentemente não estão associadas á forma como a equipe está operando ou com a forma como a unidade de potência está integrada no chassi.

“Nada foi alterado durante a temporada de 2017, além de melhorias no sistema de resfriamento.

“Desde as férias (do meio da temporada), a Toro Rosso sofreu falhas contínuas relacionadas a unidade de potência, e as penalidades resultantes custaram pontos para equipe e posições relativas no campeonato de construtores”.

A Toro Rosso cancelou seu contrato de fornecimento de motor com a Renault  para assumir a Honda em 2018, e emprestou Carlos Sainz para a equipe francesa como forma de compensação.

A equipe destacou que um dos grandes problemas é que foi forçada a reutilizar peças antigas já que não recebe mais novas da Renault.

“Um dos principais motivos para as questões que estamos vendo é a falta de novas unidades de potência disponíveis”, continuou a declaração.

“No caso da Toro Rosso, a equipe está constantemente a trocar partes de uma unidade para outra durante o fim de semana e, em muitas ocasiões, é forçado a executar montagens de especificações antigas.

“A última corrida no México viu apenas dois carros de seis terminaram a corrida, destacando a fraca confiabilidade”.

A equipe também fez referência à batalha pelo sexto campeonato de construtores, com Toro Rosso atualmente cinco pontos à frente da Renault.

Sua declaração terminou: “Não devemos esquecer que estão lutando contra a Toro Rosso para uma melhor posição no campeonato de construtores.

“Como sugerido pelo Sr. Abiteboul, a situação pode não ser uma coincidência, mas certamente não é devido ao carro da STR”.

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