A aquisição da MotoGP pela Liberty Media, avaliada em 4,2 bilhões de euros, está sob investigação pela União Europeia. A empresa norte-americana, que já é proprietária da Fórmula 1, pretende comprar 86% da Dorna Sports, responsável pela MotoGP desde 1992. No entanto, preocupações antitruste podem complicar a aprovação da negociação.
De acordo com informações da Bloomberg, a nova chefe antitruste da UE, Teresa Ribeira, está conduzindo a análise. Ribeira, que também é vice-primeira-ministra da Espanha, tem manifestado preocupação com os impactos que a concentração de duas grandes categorias de esporte a motor sob a mesma gestão, poderia ter sobre transmissões e direitos de mídia.
A fase 2 da investigação deve começar até o dia 19 de dezembro. Essa etapa vai aprofundar a análise do possível impacto da fusão nos mercados de transmissão e streaming, áreas sensíveis para a competitividade e diversidade de oferta.
Não é a primeira vez que aquisições desse porte enfrentam resistência. Em 2006, a então proprietária da F1, CVC Capital Partners, foi obrigada a vender a MotoGP para evitar a concentração excessiva de poder no mercado. Apesar dos desafios, Greg Maffei, ex-CEO da Liberty, mostrou confiança quando o acordo foi anunciado em abril: “Estamos confiantes de que os reguladores aprovarão o negócio, pois o mercado de esportes e entretenimento é amplo e continua evoluindo”, afirmou.
A Liberty Media também revelou planos de vender uma fatia de 825 milhões de dólares da Fórmula 1 para viabilizar a compra da MotoGP. A conclusão da investigação da UE será decisiva para o futuro dessa fusão, que pode redesenhar o cenário do esporte a motor mundial.
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