Copersucar Fittipaldi, a histórica equipe brasileira, completa 50 anos de sua estreia na Fórmula 1

Neste domingo, 12 de janeiro de 2025, a estreia da Copersucar Fittipaldi na Fórmula 1 completa 50 anos. Em 1975, a equipe liderada pelos irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi levou ao grid a primeira e única equipe brasileira da história da categoria, um marco que permanece vivo na memória dos fãs e do automobilismo nacional.

A estreia aconteceu no GP da Argentina, em Buenos Aires, com Wilsinho Fittipaldi ao volante. Largando em 23º e último, o brasileiro iniciou a trajetória de um projeto ambicioso, financiado por meio de uma parceria com a Copersucar, empresa brasileira do ramo de açúcar e etanol. O objetivo era não apenas competir na Fórmula 1, mas também servir como porta de entrada para novos talentos do Brasil no cenário internacional.

Em sua temporada inaugural, a Copersucar enfrentou desafios típicos de uma nova equipe, com um único carro conduzido por Wilsinho. O melhor resultado veio no GP dos Estados Unidos, em Watkins Glen, com um 10º lugar. Em 1976, Emerson Fittipaldi deixou a McLaren, onde era um dos favoritos ao título, para juntar-se à equipe. Com essa mudança, o time começou a ganhar consistência, alcançando pontos em diversas corridas, incluindo um quarto lugar no GP do Brasil, em Interlagos.

O grande momento da Copersucar veio em 1978, quando Emerson conquistou o primeiro pódio da equipe, um segundo lugar no GP do Brasil em Jacarepaguá. Apesar do crescimento, dificuldades financeiras e técnicas começaram a surgir nos anos seguintes. Mesmo assim, a equipe alinhou dois carros de forma integral em 1980, ano em que Emerson e Keke Rosberg garantiram pódios em Long Beach e na Argentina, respectivamente.

Os desafios aumentaram nos últimos anos de atividade, com dificuldades para superar a pré-classificação em várias etapas. O último ponto da equipe foi conquistado por Chico Serra, com um sexto lugar no GP da Bélgica de 1982. Sem conseguir os fundos necessários para continuar, a equipe encerrou suas atividades em 1982, marcando o fim de uma era para o automobilismo brasileiro.

Além dos irmãos Fittipaldi, o projetista Ricardo Divila foi uma figura central no desenvolvimento técnico da equipe. Seus esforços foram fundamentais para a construção dos primeiros carros, que levaram as iniciais “FD” em homenagem aos sobrenomes Fittipaldi e Divila. Posteriormente, o time atraiu nomes de destaque como Adrian Newey e Harvey Postlethwaite, consolidando um legado técnico que influenciaria a categoria.

Embora o cenário atual da Fórmula 1 torne improvável o surgimento de uma nova equipe nacional, o feito da Copersucar Fittipaldi continua sendo um símbolo de pioneirismo e determinação. A história da equipe é um lembrete do que é possível alcançar quando paixão e talento se unem para desafiar os maiores nomes do automobilismo mundial.



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