Curvas inclinadas de Zandvoort podem inspirar outros circuitos da F1, diz Brawn

O diretor da Fórmula 1, Ross Brawn, disse que as curvas inclinadas de Zandvoort podem ser usadas como uma inspiração, ao avaliar o traçado de outros circuitos.

Zandvoort voltou ao calendário no fim de semana passado após uma ausência de 36 anos e foi totalmente remodelado para esse retorno.

As alterações mais significativas ocorreram nas curvas 3 e 14, com uma inclinação de 19 graus adicionada a ambas as curvas.

Brawn acredita que seu sucesso significa que uma abordagem semelhante poderia ser adotada em outros circuitos no futuro.

“Quando olhamos para o circuito, quatro ou cinco anos atrás, a natureza da pista era desafiadora”, disse Brawn. “Tenho certeza de que foi o ex-diretor de corrida da F1, Charlie Whiting, quem inicialmente sugeriu que talvez pudéssemos examinar a introdução de curvas inclinadas.”

“Com a equipe que temos na Fórmula 1, começamos a explorar essas opções e descobrimos que a introdução de seções íngremes nos daria uma característica forte, e nos daria uma reta que com o uso de DRS aumentaria a oportunidade de ultrapassagem para a curva 1.”

“Trabalhamos no projeto, e isso adicionou um recurso que os pilotos amaram e é ótimo para fãs e espectadores, então é algo que nos deixou muito satisfeitos. Os arquitetos fizeram um ótimo trabalho ao executá-lo. Foi fantástico que os promotores tivessem confiança e convicção para fazer isso.”

“Estou extremamente satisfeito com a forma como o circuito funcionou, e espero que nos dê confiança para continuarmos com essa filosofia e cultura de design de circuitos que temos desenvolvido nos últimos anos.”

O ponto de ativação da zona de DRS foi colocado após a saída da curva 14, mas Brawn tem esperança de que isso possa ser aumentado para a corrida de 2022 em Zandvoort.

“É uma pista apertada para ultrapassar, mas é possível, como vimos várias vezes no domingo”, disse Brawn. “Estou esperançoso e otimista de que no próximo ano, quando pudermos aumentar a zona de ativação do DRS para antes da inclinação da última curva, e tivermos carros novos, possamos criar um pouco mais de oportunidade para ultrapassar”, concluiu.