De saída da Renault F1: Au Revoir, Abiteboul!

A Renault havia marcado o dia 14 para anunciar a sua reestruturação. O novo CEO, Luca di Meo, deverá mostrar o que foi batizado de “Renaulution” no comunicado feito na última semana. Só que a largada foi queimada e nesta segunda, houve o anúncio do desligamento de Cyril Abiteboul do grupo Renault.

A saída foi algo que pegou muita gente de surpresa já que o francês havia sido indicado como responsável pela nova unidade de negócio, a Alpine. Se cogitava o afastamento do dia-a-dia da empresa, mas não do desligamento completo. Neste momento, seu posto será ocupado por Laurent Rossi, que responde pela diretoria de desenvolvimento empresarial do Grupo Renault.

Para muitos, uma saída que demorou a se processar. Cria da Renault, Abiteboul fez praticamente toda sua carreira dentro do grupo, saíndo brevemente quando assumiu um posto na Catherham (justamente quando esta usava os motores franceses). E na montadora, esteve boa parte do tempo envolvido com as atividades esportivas, seja na Renault Sport ou na equipe de F1.

Pode se atribuir a conjunções planetárias, leis do universo, maktub, carma ou tantos outros motivos. Mas numa daquelas coincidências monumentais, os momentos em que a Renault mais se enrolou nos últimos anos, lá estava Abiteboul. Não podemos esquecer da dantesca cena de Franz Tost, chefe da Toro Rosso, quase saindo no braço em Interlagos por conta de motores ou a discussões homéricas com Christian Horner.

Quando foi anunciado como o chefe da equipe na F1, sua capacidade foi mais uma vez questionada.  Até porque, desde que os franceses haviam retornado à categoria, os resultados não haviam sido satisfatórios e sempre se repetia o mantra de “um projeto de longo prazo”.

Não se pode negar de não ter tentado. Contratou Daniel Ricciardo a peso de ouro da Red Bull, apostou em Nico Hulkemberg, contratou técnicos…Em 2020, a situação parecia ir para a frente, pois o R.S.20 mostrou consistência e a reestruturação técnica anunciada um ano antes dava resultados. Em suma, o time parecia ter encontrado seu caminho. Não à toa, Abiteboul havia sido indicado para ser o “todo poderoso” da Alpine.

As notícias dos últimos dias da vinda de David Brivio, chefe do programa da Suzuki na MotoGP, já indicavam novidades. Mas não a este ponto. Até porque, caso seja confirmada, é uma grande mudança de abordagem. Além de ser um profissional de corridas, o italiano vem de uma estrutura enxuta (em comparação a Fórmula 1), tem experiência com fábricas (além da Suzuki também esteve na Yamaha) e soube conduzir muito bem a Suzuki nos últimos anos até obter sucesso na MotoGP. É uma oxigenada na categoria e mais importante: em tempos de restrições orçamentárias, saber direcionar o foco é importante e Brivio soube fazer isso na MotoGP.

Uma coisa é certa: salvo os fãs da série Drive To Survive, poucos sentirão saudades de Abiteboul. Caminha para ser uma daqueles nomes que constarão nos índices remissivos da categoria sem grande alarde. Entretanto, não podemos descartar vê-lo envolvido em breve em algum projeto automobilístico. Todo caso, obrigado Cyril e tenha sorte em sua próxima empreitada.

 

Assine o clube de vantagens F1Mania+, aproveite os benefícios e ajude o site e suas plataformas a crescerem ainda mais. Acesse https://picpay.me/f1mania, busque por @f1mania no app PicPay ou clique aqui e saiba mais.

 

Clique e receba as notícias da F1Mania.net pelo WhatsApp.

Siga-nos nas redes sociais:
Twitter
Facebook
Instagram

Inscreva-se em nosso canal no YouTube.

Confira o destaque do nosso canal no YouTube: Massa vai correr na Stock Car e está de mudança para o Brasil:

 

Ouça nossos podcasts diários na sua plataforma favorita:
Spotify
Google Play Music
Deezer
iTunes
Amazon