Domenicali no comando da F1: A volta do filho pródigo

A Fórmula 1 foi sacudida nesta terça feira com a notícia publicada pelo site racefans.net de que Stefano Domenicali, o ex-chefe de equipe da Ferrari no período de 2008 a 2014, estaria assumindo o lugar de Chase Carey como o CEO da categoria. A coisa tomou uma forma maior, com diversos veículos também confirmaram a história.

A saída de Carey é algo que estava no horizonte, já que, pelos estatutos da Liberty Media, deve ser feita por conta da idade. O nome que havia surgido anteriormente era o de Toto Wolff, cujo papel na Mercedes estava em discussão. Diz-se que a coisa não se concluiu por um veto da Ferrari, justamente pelo fato do austríaco ainda ter vínculos tão fortes.

Após a vinda de Carey, um homem da Liberty, um executivo da área de entretenimento mas que não era de corridas, se indicava que os donos procuravam por alguém que conhecesse mais a categoria e pudesse a levar em uma nova fase. Após o fechamento dos novos acordos comerciais e o encaminhamento das novas regras técnicas, o momento certo da transição de comando seria este.

Entretanto, a primeira coisa que surgiu de todos os lados quando o nome do italiano apareceu: ele é um homem Ferrari!

Esta é uma coisa que o próprio Domenicali nunca negou: foi formado pela empresa (foram 23 anos de trabalho) e em entrevista ao podcast da Fórmula 1 declarou que se consideraria um “homem Ferrari” e não se veria em outra equipe. Tanto que foi cogitado para reassumir o posto de chefe de equipe quando da saída de Maurizio Arrivabene e mais recentemente no lugar de Mattia Binotto. A seu favor, ele estava no comando quando os italianos conquistaram pela última vez o campeonato de Construtores.

Domenicali é um nome que acaba preenchendo vários pontos: conhece bem a categoria, tem experiência como executivo (foi diretor da Audi e é atualmente CEO da Lamborghini) e bons contatos na FIA (é o atual presidente da Comissão de Monopostos da entidade). Além de ser relativamente novo (55 anos).

Além disso, é tido como uma pessoa extremamente inteligente, polida e política. Não à toa, foi também citado como um possível sucessor de Jean Todt na FIA, cujo mandato acaba no ano que vem. Para este novo momento da Fórmula 1, teria um perfil apropriado para o posto, embora não seja alguém tão ligado à Liberty Media.

Embora com a parte comercial resolvida, quem assumir a liderança da categoria terá grandes tarefas à sua frente: renovar os contratos com os parceiros atuais (DHL, Heineken, Emirates, Rolex) e ampliar novos; avaliar a expansão do calendário para 25 provas; achar um equilíbrio entre novos e velhos canais de transmissão e, talvez a mais importante, definir as novas regras para os motores para além de 2025. Este último item é primordial para manter as atuais fornecedoras e, quem sabe, trazer novos atores para a categoria.  Afinal de contas, é preciso manter a relevância.

Caso se confirme, este seria o término do ciclo da “queda pra cima” deste italiano após a saída de uma forma tanto atarantada da Ferrari após um péssimo começo na era híbrida. Para a categoria, uma escolha muito racional e significaria a volta de um” igual” ao comando, uma pessoa que conhece suas entranhas e labirintos. Mas teria ele estofo para segurar a onda dos desafios que a Fórmula 1? Todo caso, seria a volta do filho pródigo.

 

Quer assistir ao vivo às corridas da Indy e Superbike? Clique e experimente o DAZN grátis por 1 mês!

Clique e receba as notícias da F1Mania.net pelo WhatsApp.

Siga-nos nas redes sociais:
Twitter
Facebook
Instagram

Inscreva-se em nosso canal no YouTube.

Confira o destaque do nosso canal no YouTube: F1Mania.net Em Dia 22/09/2020 – 91 vitórias na F1 Hamilton pode igualar recorde de Schumacher nesta semana:

 

Ouça nossos podcasts diários na sua plataforma favorita:
Spotify
Google Play Music
Deezer
iTunes
Amazon