Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1, manifestou sua insatisfação com as punições impostas aos pilotos nas últimas corridas, afirmando que as regras atuais estão tornando as disputas “loucas”. Ecclestone, que esteve presente no GP de São Paulo, onde reside próximo a uma plantação de café, declarou que as penalidades estão transformando a essência do esporte em algo “limpo e metódico demais”, o que, segundo ele, “não é realmente corrida”.
Em meio a críticas que surgiram contra a pilotagem agressiva de Max Verstappen, muitos pilotos têm cobrado da FIA uma maior clareza nas diretrizes sobre o que é aceitável nas disputas de pista. Ecclestone questionou a abordagem da FIA, lembrando incidentes recentes que, em sua visão, exemplificam o problema.
“Está ficando louco,” afirmou Ecclestone, aos 94 anos, durante o evento. “Parece que a regra agora é: ‘não lute, ou você terá problemas’. No México, vimos Max levar duas penalizações de 10 segundos. Se penalizamos esses incidentes dessa forma, o que faremos quando acontecer algo mais sério? Quantos segundos vão dar nessa situação? Acho que exageramos.”
Para ele, o rigor das punições está descaracterizando a Fórmula 1, afastando o esporte do que ele considera ser a verdadeira competição. “É tudo muito limpo e metódico. Isso não é realmente corrida,” completou Ecclestone, ao referir-se às rígidas regulamentações.
Desde que deixou a administração da F1 em 2017, após a aquisição da categoria pela Liberty Media, Ecclestone se tornou um crítico frequente de diversas decisões e mudanças no esporte. Apesar de seu tom crítico, ele fez questão de destacar que não vê o trabalho atual como inteiramente ruim, mas acredita que faltam mudanças fundamentais.
Questionado pela emissora belga RTBF se ele ainda reconhece a Fórmula 1 que comandou por décadas, o britânico respondeu: “Assim como tudo no mundo, a Fórmula 1 muda o tempo todo. Não estou dizendo que os atuais administradores estão fazendo um trabalho ruim, mas acredito que eles não estão focando o suficiente nas coisas que realmente precisam ser eliminadas e transformadas.”
A crítica de Ecclestone ecoa o sentimento de parte da comunidade da Fórmula 1, que anseia por uma maior liberdade nas disputas em pista e por uma abordagem menos restritiva por parte da FIA. Para muitos, o rigor das penalidades estaria prejudicando o espetáculo e afastando o esporte de suas raízes de competição acirrada. Resta saber se a FIA responderá a essas demandas, buscando um equilíbrio que mantenha a segurança dos pilotos, mas preserve o espírito competitivo da Fórmula 1.
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