A Red Bull Racing está entrando em seu 21º ano na Fórmula 1 nesta temporada. Ao longo das últimas duas décadas, a equipe se orgulha de um histórico particularmente notável.
Um dos pontos fortes da Red Bull durante sua trajetória na categoria, é o fato de sempre ter se sustentado financeiramente com seus próprios recursos.
Embora tenha naturalmente atraído uma variedade de patrocinadores e parceiros ao longo dos anos, principalmente à medida que alcançava o sucesso, a equipe nunca precisou pedir investimento a empresas externas.
Seus rivais, por outro lado, têm modelos diferentes. Um terço da Mercedes pertence ao fundador bilionário da Ineos, Sir Jim Ratcliffe, a McLaren há muito tempo é ajudada pela Mumtalakat, fundo soberano do Bahrein, e foi até forçada a aceitar uma injeção de dinheiro de US$ 185 milhões da MSP Sports Capital no final de 2020.
A Williams é de propriedade da empresa de investimento privado Dorilton Capital, enquanto na Aston Martin, o proprietário e multimilionário Lawrence Stroll é apoiado por um consórcio.
O chefe da equipe Red Bull, Christian Horner, se orgulha do fato de a equipe nunca ter necessitado de assistência financeira externa, apesar do influxo de investimento institucional, nem vê necessidade de que isso mude, dada a positividade que cerca a F1 atualmente.
“Em relação à posição da Red Bull sobre investimento externo, isso nunca foi discutido desde que entramos na Fórmula 1”, disse Horner para a imprensa. “Acho que o compromisso com a Fórmula 1 nunca foi tão forte, principalmente com o projeto do motor próprio (para 2026), e tudo o que a Red Bull investe globalmente na F1 com os GPs e a quantidade de promoção que ela destina ao esporte.”
É fato que, desde a chegada da Liberty Media como proprietária da categoria há oito anos, assumindo a gestão que foi por quarenta anos de Bernie Ecclestone, o esporte cresceu cada vez mais.
Todas as equipes agora são avaliadas em no mínimo US$ 1 bilhão, vários países estão se esforçando para ingressar no calendário com um GP, e a F1 está atraindo um fluxo constante de patrocinadores lucrativos, como uma parceria com a LVMH que começou este ano, avaliada em US$ 1 bilhão durante os dez anos de seu contrato.
Nos bastidores da Liberty Media, Greg Maffei renunciou ao cargo de CEO no final do ano passado e foi substituído interinamente por John Malone.
Além disso, Chase Carey, ex-CEO da F1, retornou ao comitê executivo do conselho da Liberty para apoiar o atual presidente e CEO da F1, Stefano Domenicali.
Horner não acredita que essas mudanças irão abalar a categoria de forma alguma. Em vez disso, está nas mãos da F1 produzir os resultados que permitirão à Liberty Media continuar no caminho certo.
“No que diz respeito à Liberty, obviamente, eles estão passando por uma evolução. Greg Maffei fez um ótimo trabalho durante seu mandato, foram feitas mudanças, e é ótimo ver Chase Carey voltando, embora em um papel mais remoto do que antes”, acrescentou.
“Quando você olha para a força do esporte, a demanda que existe pela Fórmula 1, os países que estão pressionando por GPs, o investimento que está sendo feito na categoria, acordos como o acordo com a LVMH, o interesse nunca foi tão forte, e cabe à F1 continuar a entregar na pista”, finalizou Horner.